Indígenas e membros das categorias profissionais de bancários, educadores e outras classes manifestaram nesta quarta-feira (5), no centro de Dourados, contra a reforma da previdência e a Lei da Terceirização e pela garantia de direitos constitucionais dos povos indígenas como demarcação de terras, atendimento à saúde e educação escolar diferenciada.
Segundo o manifestante Édio Felipe Valério, da etnia Terena, o protesto é parte de uma agenda de atos nacional. “Lutamos por melhorias na qualidade do atendimento à saúde e mais oferta de escolas indígenas e formação de professores, que são alguns problemas enfrentados por indígenas de todo o país”, diz.
Também presente no protesto, Edson Rigoni, secretário do Sindicato dos Bancários de Dourados, disse que a entidade apoia o movimento indígena por compartilhar pautas em comum, como a reforma trabalhista e a terceirização da atividade fim. “São medidas que atingirão nosso setor de forma brutal.”
Entre as mudanças propostas pela reforma está o aumento no tempo de contribuição e uma nova fórmula de calcular o benefício. Os indígenas também integram a previdência e se enquadram como segurados especiais, como outros trabalhadores rurais. Com a mudança, esse segmento se equipararia ao dos trabalhadores urbanos.
Uma mobilização de povos indígenas está marcada para os dias 24 a 28 de abril, em Brasília, organizada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).
Fonte:Douradosnews