O horário de verão está mantido no país. A informação foi dada nesta segunda-feira (25) pelo Ministério de Minas e Energia, após a polêmica em torno da possibilidade da mudança no fuso-horário brasileiro não acontecer como de costume. Com isso, os moradores dos estados situados na região centro-sul deverão adiantar o relógio em uma hora à meia-noite do dia 15 de Outubro.
A hipótese do Brasil não adotar o horário de verão pela primeira vez em anos veio com a divulgação de estudos do próprio Ministério, que mostraram a perda na efetividade da medida em razão das mudanças nos hábitos de consumo de energia. Na última edição, 2016/2017, a economia com o horário de verão foi de R$ 159,5 milhões, enquanto que no ano anterior foi de R$ 162 milhões.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), a temperatura é quem determina o maior consumo de energia e não a incidência da luz durante o dia, fazendo com que, atualmente, os picos de consumo ocorram no horário entre 14h e 15h, e não mais entre 17h e 20h.
Para a decisão, o Governo também levou em consideração a escassez de chuvas e o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas. A expectativa é que, em outubro, o governo deve passar a cobrar a bandeira vermelha, possivelmente na faixa dois. Atualmente, está em vigor a tarifa amarela na cobrança da conta de luz, que representa um acréscimo de R$ 2 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Com a adoção da tarifa vermelha, o preço da tarifa de energia passa a ter um acréscimo vai a R$ 3 por 100 kWh. No caso do patamar dois, esse valor seria maior: R$ 3,50 a cada 100 kWh consumidos.
Apesar de decidir pela continuidade do horário de verão, o Governo admitiu que no próximo ano deverá fazer um novo estudo e uma pesquisa para definir se a mudança no fuso-horário será adotada.