Homem que agride mulher sofre influência de bar e desemprego, diz vereador
Por Redação Publicado 16 de março de 2017 às 14:29

Mulheres violentadas solicitaram, em pouco mais de um ano, mais de 4,4 mil medidas protetivas em Campo Grande. Ao debater estratégias de prevenção, no entanto, vereadores cometem gafes.

Wellington de Oliveira (PSDB), que coordena operações na Delegacia Geral de Polícia Civil, limitou ao “cenário de bares e desemprego” estímulo para que maridos “sem pretensão” tornem-se agressivos no ambiente doméstico.

Pastor Jeremias Flores (PT do B), por sua vez, fez piada com referência bíblica ao defender fim da violência. Ele disse que “Deus tirou a mulher da costela [de Adão]. Se fosse para bater teria tirado da mão ou do pé”.

Tais considerações ocorreram depois que a juíza da 3ª Vara da Violência Doméstica e Familiar de Campo Grande, Jacqueline Machado, pontuou que Mato Grosso do Sul ocupa hoje o quinto lugar no número de feminicídios no país.

Magistrada também relembrou que a campanha “Mulher Brasileira – Todos Empenhados Contra a Violência”, promovida pelo Tribunal de Justiça, desenvolverá ações como palestras e capacitação de profissionais da beleza para identificar e orientar mulheres vítimas de violência física e verbal.

Carreta da Justiça, inclusive, será encaminhada aos distritos de Rochedinho e Anhanduí para auxiliar no registro de medidas protetivas nos dias 4 e 11 de março, respectivamente. Em abril, caminhada promove a conscientização das mulheres para que não sofram caladas.

Fonte: Correio do Estado/Kleber Clajus