Conhecido como “Homem das Araras”, Levi Batista do Nascimento, 55, é um dos moradores mais antigos e conhecidos do Jardim das Hortências –região sul de Campo Grande. Famoso pelas obras de arte gigantes que decoram a fachada de sua casa, Levi revela que desde criança esculpia miniaturas de animais do cerrado.
“Eu faço desde a infância. Eu fazia apenas as miniaturas enquanto minha mãe lavava roupas na beira do córrego de uma cidade do interior, onde morávamos”, explica o artista.
Levi diz que descobriu o talento para criar grandes esculturas a partir de 2004, desde então criou a praça Pantaneira, onde está a estátua do poeta Manoel de Barros, que fica atrás da Prefeitura de Campo Grande, além de obras fora de Mato Grosso do Sul, como em Araruna (PR), onde o artista reproduziu uma arara de mais de dez metros na entrada da cidade.
“O prefeito de Araruna conheceu o meu trabalho através da praça Pantaneira. Então ele me chamou para realizar alguns trabalhos na cidade”, explica.
Orgulhoso do trabalho, o artista mantém todas as suas obras em casa, no Jardim das Hortências, onde foi apelidado de “Homem das Araras” e sua casa é conhecida como “casa das araras”.
Segundo Levi, a oportunidade de fazer suas esculturas de grandes formatos no paço municipal veio por intermédio do então prefeito Nelson Trad. Depois disse ele chegou a apresentar seu trabalho em uma fábrica de tintas e em muitos outros lugares.
Artista já recebeu homenagens como reconhecimento por suas obras de arte
Levi também faz pintura em telas, mas nunca fez exposições e ficou conhecido por meio dos serviços que fazia pela Capital.
Com o passar do tempo, começou a viajar pelo Brasil para pintar painéis e fazer suas obras de arte.
O artesão tem recebido várias homenagens em reconhecimento ao seu trabalho, uma das mais importantes é das associações do bairro Aero Rancho que foi recebida no Dia do Artesão. Ele foi considerado como um dos maiores artesões da região.
Questionado sobre o impacto que suas obras têm sobre a sociedade, o artista revela que se emociona quando alguém o cumprimenta. “As pessoas vêm à minha casa para me conhecer dizendo que gostam do meu trabalho”.
Sobre o futuro de sua arte, Levi explica que não sabe ainda se os filhos darão continuidade.
“Meu menino arrisca alguns desenhos, mas eu gostaria muito que um dos meus filhos continuasse meu trabalho”, finalizou.
Fonte: O Estado Online/Luis Vilela Assumpção