Hoje na Euro: últimos duelos das oitavas põem à prova quem é quem
Por Redação Publicado 27 de junho de 2016 às 09:38

Itália e Espanha reeditam final da última edição do torneio, em Saint-Denis, e Inglaterra enfrenta Islândia para tentar voltar a ganhar um mata-mata após 10 anos

Chegou o derradeiro dia das oitavas de final da Eurocopa. Nesta segunda-feira, são apenas dois duelos. Um deles é muito mais do que uma partida, trata-se de um clássico, reedição da final da edição passada do torneio, em 2012: Itália x Espanha abrem a rodada de disputas por uma vaga entre os oito melhores do continente, às 13h (de Brasília). Depois, é a vez de Inglaterra x Islândia fecharem a chave dos 16 classificados da fase de grupos. Em comum entre os duelos, o aparente favoritismo para um dos lados, pelo retrospecto recente ou diferença de currículo entre as seleções.

Rede Globo, GloboEsporte.com, SporTV e SporTV Play, que está com sinal aberto também para quem não é assinante, transmitem ao vivo Itália x Espanha. O site acompanha também em Tempo Real e começa a cobertura do pré-jogo às 12h (de Brasília).

ITÁLIA X ESPANHA – 13H

O reencontro entre cabeças de chave e favoritos ao título da Eurocopa era para ser um pouco depois. Mas a derrota para a Croácia na terceira e última rodada da fase de grupos fez com que a Espanha terminasse em segundo lugar do Grupo D, forçando um confronto com a Itália logo nas oitavas. Os tetracampeões mundiais também perderam, para a Irlanda, mas estavam garantidos como primeiros colocados do E desde a partida anterior e entraram só com reservas em campo. Mas agora é superar o adversário no Stade de France para encarar nas quartas a Alemanha -classificada ao vencer a Eslováquia – ou dar adeus.

– É muita emoção. Tenho febre depois de jogos importantes, o que normalmente não acontece comigo, para dar uma ideia de como vivo esse tipo de desafios. A beleza do esporte, a beleza de, aos 38 anos, poder viver uma partida como essa, como se fosse a coisa mais importante e mais bonita de uma parte de sua vida – disse Buffon na entrevista coletiva na véspera do confronto.

O história do confronto mostra equilíbrio: são 10 vitórias para cada lado em 34 partidas. Mas o retrospecto mais recente pende mais para o lado espanhol. Atuais bicampeões da Euro, levaram a melhor sobre os italianos nas últimas quatro vezes que se enfrentaram valendo pontos. Só que três delas foram nos pênaltis, depois de empates por 0 a 0, nas semifinais da Copa das Confederações de 2013 e na edição de 2008 do torneio continental, e 1 a 1, na primeira fase da competição há quatro anos. Na final de 2012, La Roja goleou por 4 a 0, um ponto fora da curva, como foi lembrado por Fàbregas na véspera do confronto.

– Talvez tenha sido uma das melhores partidas que joguei. Pelas circunstâncias, numa final de Eurocopa, você normalmente não se diverte tanto, vai para os pênaltis, são equilibradas, têm muita pressão. Mas foi fácil para nós. Aproveitamos desde o primeiro minuto. Mas não pensamos que amanhã será assim. Será muito equilibrada, muito dura, muito dificil de vencer – disse Fàbregas, tendo em mente também o último confronto, um amistoso em 24 de março passado, em Udine, empatado por 1 a 1.

Para que o panorama dessa final não se repita, o técnico italiano Antonio Conte tem suas precauções.

– Uma oitavas de final é uma partida sem amanhã para alguma das equipes. Falamos muito em defesa, defesa, defesa, Procuramos fazer também que a Espanha esteja preocupada com o que vamos fazer. Na defesa, sabemos que há uma organização. Vamos tentar fazer da ofensividade o mais importante – disse Conte.

A Itália entra com mais de meio time pendurado com um cartão amarelo. A defesa inteira, mais o principal volante de contenção e o atacante “brasiliano”: Buffon, Barzagli, Bonucci, Chiellini, De Rossi e Éder. Entre os reservas, são mais quatro os que correm risco de ficarem fora da semifinal se forem punidos nesta segunda-feira. São eles, Insigne, Thiago Motta, Sirigu e Zaza. Na Espanha, essa preocupação é apenas com Sergio Ramos.

O jogo pode marcar a despedida dos técnicos de suas seleções. Contratado pelo Chelsea, o italiano Conte sai com certeza se perder. Vai dar lugar a muito Giampietro Ventura, ex-Torino. Do outro lado, Del Bosque deixou no ar se vai continuar no comando da Espanha depois da Euro.

INGLATERRA X ISLÂNDIA – 16H

Em Nice, outro confronto em que, teoricamente, parece que o favoritismo pende mais para um lado, só que por causa da história de cada seleção. Em sua nona Eurocopa, com o 3º lugar de 1968 no currículo e uma semifinal como anfitrião em 1996, a Inglaterra entra em campo com o peso de ser a nação com o futebol mais rico do mundo e um título mundial no currículo, de 1966. Estreante, a Islândia é o menor país a participar do torneio até hoje, com apenas 330 mil habitantes em seu território. Quem passar, enfrenta a França nas quartas, no domingo que vem, em Nice.

– Nós somos poucos para ter um exército. Seríamos provavelmente derrotados facilmente se fôssemos para a guerra. Então, este é o exército islandês, esses caras são os exército da Islândia. É por isso que todo mundo está torcendo por eles – disse Heimir Hallgrimsson, um dos dois técnicos da seleção islandesa, ao lado de Lars Lagerback.

Mas as grandes diferenças ficam por aí, fora de campo e no histórico. Principal surpresa das eliminatórias da Euro, a Islândia manteve o ritmo no torneio e fez campanha semelhante à Inglaterra na fase de grupos: uma vitória por 2 a 1 e dois empates. Não que o técnico Roy Hodgson tenha ficado muito satisfeito com isso. Cheio de atacantes famosos à disposição, como Vardy, Kane, Sturridge e o veterano Rooney, ele quer que sua seleção concretize as chances criadas.

– Alguém vai acabar pagando por isso (pelo domínio inglês), porque um dia os gols sairão – disse Hodgson.

Os ingleses precisarão desencantar mesmo. Há dez anos que não ganham num mata-mata, desde a vitória sobre o Equador por 1 a 0, na Copa do Mundo de 2006.

Fonte: Ge