
Braille são pontos em alto-relevo que se transformam em letras, formando assim um alfabeto para pessoas com deficiência visual. Hoje (8), é celebrado o Dia Nacional do Braille, a data é comemorada para destacar a importância de avanços que ajudem pessoas com deficiências visuais ou com baixa visão.
No Brasil, a Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB) foi fundada por iniciativa de mais de 60 entidades para deficientes visuais de todo o país. É uma Organização Não-Governamental e sem fins lucrativos e assegura a todos os brasileiros com cegueira, surdo-cegueira ou baixa visão o direito constitucionalmente garantido de determinar os rumos de suas próprias vidas. A Organização oferece apoio técnico, social e pedagógico aos integrantes.
Campo Grande sedia há 60 anos o Instituto Sul-mato-grossense para cegos Florisvaldo Vargas (Ismac), local onde famílias recebem orientação e amparo psicossocial de psicólogos e assistentes sociais. Assim, uma equipe irá traçar as necessidades de atendimento que vão garantir a capacitação, habilitação e reabilitação da pessoa com deficiência visual por meio de atividades de orientação e mobilidade, atividades da vida diária, educação física, aulas de informática, atividades desportivas como judô, futsal e goalball.
Segundo a vice-presidente e coordenadora geral da Ismac, Telma Nantes, o Braille é fundamental na leitura e escrita da pessoa com deficiência visual ou baixa visão entre adultos e crianças. “Temos que ter um olhar atento a alfabetização infantil pelo sistema, de forma que essa alfabetização ocorra junto com as demais crianças como determina as perspectivas de inclusão. Precisamos de cursos de formação de profissionais braillistas, para que consigam atuar como alfabetizadores e apoio pedagógico”, destaca.
João Guanes, 49 anos, jornalista, deficiente visual, explicou ao Ultramax News que o Braille é necessário para todo deficiente visual, utilizando o tato para leituras de livros. “Estou ingressando em minha segunda faculdade e é necessário que todos os meios como livros, contas de luz e água, remédios e lugares como restaurantes e empresas, tenham o sistema braile para que possamos realizar as atividades cotidianas”, afirma.
Origem do Braille
O Braille surgiu a cerca de 200 anos na França com Louis Braille, quando aos 3 anos brincando na oficina do pai, feriu-se ficando cego nos dois olhos. Os pais de Braille o encaminhou a escola normalmente e ele desenvolveu grande aptidão para memorização. Durante a vida acadêmica ingressou em uma escola especial de ensino para cegos, onde havia livros de alto-relevo muito pesados. Mais tarde um Capitão do exército francês criou um código de forma que os soldados se comunicassem de forma silenciosa e sem luz, nesse código havia pontos para verificar por meio dos dedos. Porém este código era muito extenso para as pessoas decifrarem, assim Louis Braille dedicou-se no aperfeiçoamento dos códigos durante três anos, estabelecendo a leitura em Braille.
Joana Lima