A baixa velocidade com que o Governo Federal está promovendo a Reforma Agrária no país é tema de um protesto de famílias integrantes de movimentos sociais em Mato Grosso do Sul. O grupo, composto por 450 pessoas, ocupou a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Campo Grande. Eles cobram explicações sobre a aquisição de novas áreas para a implantação de novos assentamentos no Estado.
Segundo os manifestantes, no ano passado, o presidente do Incra, Leonardo Góes Silva, esteve em Mato Grosso do Sul e prometeu que em três meses seriam pagas as áreas apresentadas para criação de novos assentamentos e que o valor destinado para a compra destas áreas já estava garantido no orçamento do ano de 2017. No entanto, a promessa não foi cumprida e não houve uma justificativa por parte do órgão responsável.
Além de pedirem a aquisição de áreas para reforma agrária, os manifestantes também querem melhorias para os assentamentos (moradias, infraestrutura e liberação de financiamentos através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), liberação do cartão reforma, cadastramento para seleção de famílias no Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária e esclarecimento das diretrizes orçamentárias destinadas ao Plano Nacional de Reforma Agrária de 2017.
A ocupação não tem previsão para término. Eles ainda pedem que os quadros de chefia e de confiança do Incra não sejam vinculados a nenhum tipo de movimento social ou sindicato. Ainda segundo as informações, um grupo do interior deve chegar nas próximas horas aumentando para mil pessoas o número de manifestantes na sede do órgão. A programação também reserva uma marcha até a Governadoria, nesta terça-feira (29). O grupo quer apoio político para intermediar uma reunião com o presidente Michel Temer, em Brasília (DF).