Os últimos cinco dias deveriam ser exclusivamente de comemoração para Germaine De Randamie, após conquistar o cinturão inaugural peso-pena feminino do UFC no último sábado. Contudo, a polêmica em torno de sua vitória por pontos sobre Holly Holm deixou o gosto do título um pouco mais amargo. Alguns fãs reclamaram da pontuação, e muitos, incluindo a própria Holm, criticaram os golpes desferidos pela holandesa após o soar da sirene de final do segundo e terceiro rounds.
As acusações de que seria uma “lutadora suja” foram as que mais magoaram Germaine, que ofereceu à adversária americana uma revanche imediata, antes de ela encarar Cris Cyborg, principal lutadora da categoria no mundo antes de o Ultimate adotar a divisão, e que não lutou no UFC 208 por estar passando por um processo com a Agência Antidoping dos EUA (USADA, na sigla em inglês) sobre uma possível violação do código antidopagem do UFC.
– Se você é a campeã, você precisa enfrentar todo mundo, Cris Cyborg, Holly Holm, mas, com tudo o que aconteceu, realmente acredito que Holly deveria receber a revanche antes. Se Holly sente que essas são as razões da derrota, se a dedução dos pontos for a razão pela qual ela perdeu, e se ela quer conseguir um “No Contest”, ela deveria simplesmente aceitar a oferta da revanche. Todos têm direito à sua opinião. Eu acredito que mereci a vitória, que dominei a luta em pé. Estou triste que certas situações aconteceram durante a luta, que não estavam no meu plano. Respeito o que ela quiser fazer – declarou a campeã em teleconferência com a imprensa internacional nesta quinta-feira.
Seja contra Holly Holm, seja contra Cris Cyborg, o próximo desafio de Germaine de Randamie deve acontecer após a cirurgia na mão que ela mencionou ainda no octógono, imediatamente após ser anunciada vencedora contra a americana. Apesar de admitir que jamais pensou em desistir da luta no UFC 208, a holandesa contou que a lesão, sofrida numa luta em 2015 contra Larissa Pacheco, a incomoda cada vez mais.
– Eu lesionei a mão na luta contra a Larissa Pacheco e continuei treinando. Me incomodou por muito tempo, continuou me incomodando muito neste camp. Eu precisei ir num especialista, ele me disse que eu precisava operar o ligamento. Perguntei se poderia lutar antes e eles disseram que poderia, mas não fui ao médico depois da luta para ver. O médico disse que eu não posso evitar a cirurgia, e não quero sofrer mais estrago ali, então prefiro fazer mais cedo em vez de mais tarde. Ainda me incomoda, então quero fazer logo, porque não quero danificar ainda mais minha mão. (…) Ainda não pude ir ao médico, ele vai reavaliar minha mão e a extensão do meu dano. Não sou uma médica, não quero ir contra o médico, porque preciso disso para meu trabalho, mas preciso ver isso antes.
Fonte: Combate.com