Floresta plantada e pecuária bovina: duas das vocações de Ribas em ascensão
Por Redação Publicado 14 de fevereiro de 2017 às 15:57

Plantar florestas e criar a gado bovino. Pode não parecer nada novo, mas estes dois setores têm levado o nome de Ribas do Rio Pardo para todo o Brasil. Durante o II Circuito de Desenvolvimento da Tríplice Fronteira, seminário da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), realizado em Costa Rica (MS), nos dias 24 e 25 de janeiro, o presidente da Eldorado Brasil, José Carlos Grubisich, foi enfático: “Ribas do Rio Pardo tem grande potencial florestal”.

A frase de Grubisich deixou prefeitos de outros municípios do Mato Grosso do Sul, além dos Estados do Mato Grosso e Goiás, interessados em mais estudos sobre florestas plantadas. No entanto, o presidente da Eldorado Brasil deixou claro que o momento agora é de Ribas, pela proximidade de Três Lagoas – hoje considerada a capital mundial da celulose. De acordo com Grubisich, Mato Grosso do Sul deve chegar a um milhão de hectares com florestas plantadas este ano.

Hoje, Três Lagoas reúne duas fábricas de celulose que estão em processo de duplicação, Água Clara já tem uma fábrica que vai começar a produzir MDF e seguindo este caminho aparece Ribas do Rio Pardo, que tem mais de 200 mil hectares de florestas plantadas e detém todos os pré-requisitos que a indústria florestal de alta produtividade necessita: pouca distância para o transporte das matérias-primas, áreas para instalação de grandes empresas do setor, condições pluviométricas favoráveis, produtividade elevada, empresas próximas com tecnologia de ponta, boa gestão florestal e alto potencial de mecanização.

José Carlos Grubisich disse, ainda, que a celulose é apenas um dos segmentos de atuação do setor florestal e que outro – no caso, a geração de energia por meio de biomassa – está em franca ascensão no Mato Grosso do Sul. “A Eldorado vai investir R$ 400 milhões em Selvíria, numa termelétrica de biomassa florestal, com capacidade 50 MWh de energia. Vamos investir em outras sete termelétricas”, disse o executivo e presidente da Eldorado Brasil e, em seguida, Grubisich destacou que a “vocação de Ribas é muito grande e o Brasil vai precisar de energia”. Cada termelétrica precisa de 600 mil metros cúbicos de madeira por ano.

Pecuária

Outra boa notícia do cenário nacional para Ribas do Rio Pardo vem da pecuária bovina. Novos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relacionados à criação de gado para corte mostra que Ribas do Rio Pardo tem o terceiro maior rebanho do Brasil, com mais de 1,1 milhão de cabeças. Ribas fica atrás apenas de São Félix do Xingu, no Pará, com 2,2 milhões e Corumbá – também em Mato Grosso do Sul – com 1,7 milhão. Logo atrás de Ribas aparecem Cáceres (MT) e Marabá (PA), com 1,08 e 1,07 milhão, respectivamente. Uma reportagem no site especializado “Compre Rural” mostra que outros segmentos que compõem a cadeia produtiva do setor querem se instalar nestas regiões, incluindo Ribas do Rio Pardo.