
Corumbaense e NOVO decidem nesse domingo (7), à tarde no estádio Arthur Marinho, a 39ª edição do Campeonato Estadual de Futebol, promovido e organizado pela Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS).
O cenário está pronto e desde agora, uma série de atividades e atrações começam a ser mostradas para os torcedores da Cidade Branca que, em poucas horas, esgotaram a carga de 5 mil ingressos, capacidade total do estádio Arthur Marinho, inaugurado no dia 4 de julho de 1941 e que sediou a decisão do Estadual entre as equipes do Corumbaense e Operário, vencido pelo primeiro pelo placar de 1 x 0, gol de Negão, em 1984 e desde então, nunca mais o clube conquistou um título, estando em jejum há 33 anos.
A Cidade Branca está engalanada e como sempre festiva. totalmente preparada para essa decisão sonhada pelos torcedores há 34 anos. O local de acesso ao estádio será interditado a partir das 10h para que o torcedor possa circular livre e tranquilamente pela região onde poderá circular no sentido ao local do jogo, apenas os veículos autorizados.
DECISÃO
Essa não será a primeira decisão envolvendo as duas equipes que já se enfrentaram em 2012, na decisão do estadual da Série B, vencida pelo time da capital, pelo placar de 2 x 1.
CAMPANHAS
A decisão é sinônimo de festa, pelo menos para os torcedores. No entanto, para os elencos e treinadores, são meses de treinamentos árduos e nesse período, risco de rescisão contratuais, contusões, suspensões. No grupo envolvendo jogadores e integrantes da comissão técnica, todos vivem quase que literalmente, no “fio da navalha”, pois o mínimo descuido, pode colocar por terra todo o período de treinamentos, viagens, concentrações realizadas ao longo da temporada.
Para chegar às condições de finalistas – independente do título as duas equipes estão confirmadas para as disputas da Copa do Brasil e do Brasileiro da Série D, em 2018, realizaram uma campanha bem diferente, no entanto, foi marcada pela troca dos seus treinadores.
Ambas equipes disputaram 15 jogos. O Corumbaense teve melhor campanha que o NOVO e desde cedo, era apontado como um dos favoritos á conquista do título. Quanto ao NOVO, logo nas primeira rodadas, o mesmo foi apontado como um dos prováveis times a ser rebaixado para a Série B, em 2018.
Dos 15 jogos realizados pelo Corumbaense, o time venceu seis jogos, empatou oito e perdeu apenas um. Por pouco não chegou á decisão de forma invicta. O time marcou 26 gols e sofreu 16, chegou á decisão com um saldo positivo de dez gols.
Quanto ao NOVO, a equipe venceu cinco jogos, empatou cinco e também perdeu cinco partidas. Marcou apenas 17 gols e sofreu 16, chegando à decisão com o saldo de um gol apenas.
Mesmo sendo finalistas, as duas equipes não tem artilheiros de “ponta”, tanto que Juninho do Corumbaense marcou sete gols e pelo lado do NOVO, Jeferson, marcou três gols.
GOLEIROS
Se as duas equipes não tem artilheiro de “ponta”, o mesmo não se pode falar no setor defensivo, mas especificamente no gol, posição essa que ambos os times t~em,com certeza os dois melhores goleiros da temporada. Pelo lado do Corumbaense, o “paredão” é Diego e pelo na lado do NOVO, é “São Bernardo”.
Ambos protagonizaram partidas memoráveis e até hoje os torcedores guardam ainda as principais defesas que eles realizaram ao longo da temporada.
Diego, do Corumbaense, têm duas que até hoje são guardadas pelos torcedores. A primeira, foi no jogo contra o Águia Negra, quando o time vencia por 1 x 0 (placar que foi mantido), ele defendeu um chute à queima roupa de Leandro Branco e depois no jogo contra o Operário, no Morenão, quando o time assegurou a vaga para a decisão, uma cabeçada também á queima roupa, de Agnaldo, que ele segurou firme e sem rebote.
Do outro lado, o NOVO não tem o que reclamar, pois também tem um “keeper” dos melhores da região Centro-Oeste, tanto que a torcida o conhece como “São Bernardo”. Desde o início da competição Bernardo já vinha se destacando no time, mas ganhou fama e notoriedade na partida contra o Águia Negra, em Rio Brilhante, quando ele “literalmente’ fechou o gol e impediu que o time adversário chegasse à vitória por um placar elástico. Tanto que o jogo terminou 1 x 0, com gol de penalti para os donos da cana.
TÉCNICOS
Na decisão o que chama a atenção da trajetória das duas equipes, foi a mudança de treinadores. O Corumbaense iniciou a temporada tendo no comando o técnico Nei César que após a série consecutiva de cinco empates, acabou sendo dispensando pela diretoria que agiu rapidamente e contratou Douglas Ricardo, um antigo conhecido do futebol Sul-mato-grossense.
Mesmo com um curriculum invejável, Douglas Ricardo foi visto com desconfiança pelos exigentes torcedores da Cidade Branca. O técnico chega á sua 5ª decisão. Foi campeão estadual em 2008 no comando do Ivinhema, foi duas vezes vice-campeão, nos anos de 2009 e 2015, quando perdeu em casa.no comando do mesmo Ivinhema, o título apra o Comercial. Foi campeão da Série B, comandando o Ubiratan.
Se antes o técnico não tinha a confiança dos torcedores, bastou a primeira vitória, fora de casa, contra o Naviraiense,por 4 x 2, para ele cair nas graças dos torcedores, pois havia tirado o time do jejum de vitórias.
Quanto ao treinador do NOVO, Bazílio Amaral, totalmente desconhecido. No entanto, a sua chegada não chamou muito a atenção, mesmo porque ele assumiu o comando do time no dia 5 de fevereiro e ninguém apostava que a equipe fosse chegar à condição de finalista.
O time começou o campeonato no comando de Mauro Marinho, que alegando problemas pessoas, decidiu se afastar do clube.
Para complicar ainda mais a passagem do técnico Bazílio Amaral, a estreia dele no comando da equipe foi contra o Operário e o time até que chegou a sair na frente, mas tomou a virada por 3 x 1.
ESQUEMAS
No Corumbaense, o técnico Douglas Ricardo, gosta de utilizar o 4-1-4-1, com o Kléber ficando mais fixo, à frente dos zagueiros, Mutuca abre mais pela direita e Willian pela esquerda, com Sandrinho ou Romarinho encostando no Juninho e Kareca fazendo o funil. No entanto, Sandrinho ainda é dúvida e fará teste antes do jogo.
Sem ele, Douglas opta pelo tradicional 4-3-3, com Mutuca, Willian e Romarinho, se revezando na flutuação, para liberar Juninho e Kareca.
Quanto ao técnico Bazílio Amaral, ele conforme o mesmo disse, arma o time de acordo com o adversário. Para o jogo de hoje, por exemplo, ele já adiantou que a escalação será no formato 4-4-2, com Júlio e Maguila permanecendo de forma fixa na frente dos quatros defensores, liberando um pouco mais Wesley e Andrinho, para liberar os atacantes Luan, que ganhou a posição e Vilmar. No enanto, com a bola dominada, o time pode variar para um 4-2-4, caso a escalação anunciada seja confirmada.
TORCIDA
Bazílio Amaral disse que a torcida foi receptiva e não está incomodado com esse detalhe, pois o estádio oferece todas as seguranças e por sua vez, Douglas Ricardo fez questão de apontar a torcida como um dos pontos fortes da equipe, em todas as circunstâncias, tanto jogando em casa ou fora e por isso hoje ele acredita que a mesma será fundamental para dar força ao time.