Figueira acusa diretoria do Palmeiras de pressionar Renato para não jogar
Por Redação Publicado 16 de outubro de 2016 às 23:16

Segundo assessor da Presidência do Figueirense, volante teria recebido ligações para não atuar; regulamento de registro e transferência impede tal ação

O Figueirense não pôde entrar em campo com força máxima diante do Palmeiras, neste domingo, no Orlando Scarpelli, por imposição da equipe paulista. Segundo Branco, ex-jogador e atualmente assessor da presidência do Figueira, o volante Renato foi pressionado pela diretoria do Palmeiras para não entrar em campo. Emprestado pelo time paulista, ele não teria se sentido à vontade para defender a equipe catarinense.

A acusação de Branco ocorreu momentos antes do início da partida. À rádio CBN/Diário, o assessor falou que a pressão teria partido do gerente de futebol do Palmeiras, Cícero Souza:

– Algumas situações são incompreensíveis no futebol. Renato é jogador do Palmeiras, emprestado, mas foi pressionado pela diretoria deles a não entrar em campo, o que acho uma vergonha até mesmo porque não há clausula. Ele recebeu várias ligações dizendo que não poderia entrar em campo até porque tem contrato até 2019 com o Palmeiras

– O garoto estava transtornado ontem, em uma sinuca de bico. Acho que futebol tem que ser jogado dentro de campo. Não vai ser no grito que vão ganhar da gente (…) Situação chata, extremamente desconfortável, em um futebol de alta competição, que envolve tanto interesse, tanto dinheiro. Queremos colocar os melhores em campo, aío menino fica fora do jogo…

Por intermédio da assessoria do Palmeiras, Cícero Souza disse  que não comentará o assunto.

Antes, era comum um jogador emprestado não enfrentar a equipe com a qual tem vínculo. Essa prática, porém, é proibida hoje em dia, de acordo com o artigo 33 do Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas de Futebol, criado em 2015. O texto diz o seguinte: “são nulas e de nenhum efeito quaisquer cláusulas ajustadas entre as partes que visem a limitar, condicionar ou onerar a livre utilização do atleta cedido por parte do cessionário”.

Na bronca, Branco aproveitou para ironizar a entrevista que o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, e o diretor de futebol Alexandre Mattos convocaram para criticar a arbitragem do clássico entre Flamengo e Fluminense, na última quinta-feira. O dirigente citou ainda a transferência do jogo entre Verdão e América-MG para Londrina – o mando era do Coelho. Segundo ele, a mudança beneficiou a equipe paulista.

– Foram para uma entrevista coletiva, que para mim foi ridícula, se metendo no Fla-Flu, posar de bonzinhos. (…) Se ganha jogando, não pressionando, até porque a CBF liberou a transferência do jogo do América-MG para Londrina, o que é uma vergonha, beneficiando (o Palmeiras) do mando adversário.

– Não é correto, não é certo. Até falei para o menino: “Se fosse tão importante por que não ficaram com você lá”? Estão tirando a oportunidade do garoto jogar. Mas esse caras não são fáceis, é guerra dentro e fora de campo.

Fonte: Ge