Federação Internacional de Remo alerta para atletas não mergulharem no mar antes das competições na Rio-2016
Por Redação Publicado 1 de março de 2016 às 15:05

A Federação Internacional de Remo (Fisa) divulgou uma lista de recomendações aos atletas que vão disputar as Olimpíadas e as Paralimpíadas do Rio em 2016. No comunicado publicado no dia 24 de fevereiro, a entidade informou que sua comissão de medicina esportiva consultou especialistas internacionais de saúde pública e infecções para elaborar um documento detalhado sobre como agir para os eventos no Brasil, que serão realizados em agosto e setembro.

No primeiro alerta, a Fisa pede para os atletas e paratletas não mergulharem no mar antes de qualquer competição. O documento ainda informa que após as chuvas, há um um aumento significativo da bactéria E.Coli, que afeta o intestino e pode até levar a morte.

“O Rio é uma cidade grande e estreitamente integrada com a floresta tropical, montanhas e o oceano. Tem inúmeras favelas (áreas improvisadas sem instalações sanitárias municipais) em toda a cidade e em estreita proximidade com o local da prova de remo. O sistema de esgoto nas favelas é inexistente em muitos casos e insuficiente para o tamanho das favelas. As fortes chuvas resultam em transbordamento de esgoto bruto (aumento de contaminantes fecais como indicado por e-coli e contagem de enterococos) nos rios, lagoas e do oceano. As praias são geralmente limpas, embora depois da chuva a contagem do e-coli aumenta. Recomenda-se que os atletas não tomem qualquer banho no mar antes da competição. A ingestão de água das lagoas ou do mar deve ser evitada. Depois de estar dentro ou sobre a água das lagoas, use sabão o mais rapidamente possível para minimizar o risco de infecção. Tome cuidado extra com feridas cutâneas abertas ou bolhas abertas”, diz o documento.

Ainda entre as recomendações, a entidade avisa que os esportistas só deverão escovar os dentes com água potável de garrafa lacrada e não da pia e, antes das refeições, as mãos sejam lavadas com água e, em seguida, com álcool em gel. A Fisa também recomenda que os atletas não consumam determinados alimentos fora da Vila Olímpica, hotéis ou no local de competição, porque estes são “controlados”.

“Doenças originadas por comida e bebida são um problema significante. Têm alto risco os alimentos crus, como mariscos, ovo, salada, frutas, sorvetes ou alimentos que não estão em ambiente de refrigeração controlada. O risco mais alto está nos vendedores de rua e nos restaurantes de mercados”, alerta o documento.

A Fisa ainda lembra sobre a questão de vacinas e cuidados médicos para evitar o contágio de doenças como influenza, febre tifoide e hepatite tipo A. Além disso, pede uma atualização na carteira de vacina contra difteria, tétano, pertussis, sarampo, caxumba, rubéola, catapora e diarreia. E, claro, alerta para o zika vírus, que se tornou um grande problema no Brasil.

Mas para deixar os atletas “tranquilos”, a entidade informou que acompanha o monitoramento da água da Lagoa Rodrigo de Freitas, onde serão realizadas as provas de remo.

Fonte: Extra