Processado por homicídio doloso (quando há intenção de matar) e exercício ilegal da profissão e até esta quarta-feira (26) dado como foragido da Justiça sendo investigado pelo Ministério Público Estadual – MPE, o falso médico Marx Honorato Ortiz, e que foi preso por investigadores da 7ª Delegacia da Polícia Civil, pode ser encaminhado para presídio ainda hoje.
Entre as acusações que pesam contra Marx, está a de ter causado a morte de um paciente na cidade de Paranhos, cidade onde na condição de “médico” foi nomeado secretário de gabinete na Secretaria Municipal de Saúde em Amambai. Para cometer esse tipo de crime, Marx se apresentava com o nome do médico Marcel Marques Peres, formado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e funcionário do Hospital Universitário, e ainda utilizava o registro de outro médico.
Foi o médico do Hospital Universitário quem descobriu o crime ao ser intimado pela polícia de Paranhos e quando foi alvo de sindicância do Conselho Regional de Medicina – CRM. Com isso, Marx além das acusações de exercício ilegal da medicina e homicídio, deverá ainda responder por falsidade ideológica, pelo que está indiciado na Polícia Civil. Definido por policiais como contumaz nesse tipo de crime (exercício ilegal da medicina) ele chegou a atuar em Campo Grande.
Ontem na 7ª Delegacia Marx foi protegido por dois advogados que se transformaram em “escudos humanos” para proteger o falso médico dos jornalistas. A Polícia Civil por sua vez, segue investigando as atividades do indivíduo diante de suspeitas de que continuasse atuando, sendo inclusive pedido apoio das polícias e Conselhos de Medicina de outros estados.
A alegação de Marx, é que teria cursado medicina na cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia e que estaria validando o diploma no Brasil. Segundo a polícia, mesmo que a alegação seja comprovada, o que até então não ocorreu, não o isenta da acusação de homicídio.