Fabio Jr. volta a apostar no rock e na soul music
Por Redação Publicado 29 de julho de 2015 às 16:43

Há quase uma década Fábio Jr. não lançava um disco de músicas inéditas. Nesse meio tempo, ele se dedicou a projetos ao vivo, resgate de velhos sucessos e a um álbum de versões sertanejas que, embora lançado no auge do estilo, não foi completamente assimilado por seus seguidores, mais identificados com sua faceta romântica. Em 2015, Fábio resolveu interromper esse ciclo com o lançamento de um novo projeto, que coloca fim a um hiato de oito anos.

Produzido por Dudu Borges e pelo cantor soul Silvera, o novo álbum traz um intérprete menos baladeiro e mais influenciado pelo rock e pela música negra norte americana, estilos que marcaram os primeiros discos de sua carreira. Os ecos de sertanejo que poderiam aparecer no CD por conta da participação de Dudu, surpreendentemente, quase não dão as caras. A exceção fica por conta da participação de Jorge & Mateus. “Estava despreocupado. Não queria repetir fórmulas. A ideia era deixar a fase baladeira um pouco de lado e partir para algo mais jovem. Tanto que o trabalho que me influenciou a buscar o Dudu foi o primeiro disco do Fiuk, que tem essas características. Já o Silvera surgiu para dar aquele suingue”, define Fábio.

Sobre as letras, Fábio Jr. parece estar mais conectado com a família, além de relatar experiências pessoais. O músico não esconde o poder inspirador do novo relacionamento para a criação das novas canções. “Voltei a compor com certa frequência em 2013. Passei por muitas situações na vida e também queria ter uma relação mais saudável com a família. Para isso, externei tudo isso em forma de composição”, confessa. Entre os destaques do álbum estão o rock “Amém Amor” e a balada “O Que Você Quiser”, composta para a atual mulher, Maria Fernanda Pascucci.

Não à toa, o projeto tem a primeira participação de Cleo Pires como cantora, na faixa “Sempre Que Estamos Juntos”. Antes, a filha já havia colaborado com o pai em poemas que ele lia durante a turnê do show “Íntimo”, entre 2013 e 2014. “Acho que no fundo a Cléo sempre quis cantar. Nem que fosse só uma experiência. E a voz dela é bonita. Foi uma parceria interessante”, pontua ele, que teve a ideia de compor a faixa enquanto filmava com a filha sua participação na comédia 

Feito durante quase dois anos, o disco é um trabalho incomum para um momento em que gravadoras operam com orçamentos enxutos e apostam em projetos com maior apelo popular e de rápida produção. “Gravei muitos discos de forma expressa na minha carreira. Chegava, colocava a voz e não tinha muito cuidado com os arranjos e timbres dos instrumentos. Até por isso deixei de registrar CDs nos últimos anos. Agora que tive novamente a vontade de gravar, não poderia deixar passar essa oportunidade de elaborar tudo de maneira artesanal, me envolvendo em todas áreas da produção”, explica.

Fonte: Portal Sucesso