É caótica a situação financeira do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso do Sul (PT/MS). Segundo as informações, se tratando apenas das dívidas relacionadas aos acertos trabalhistas de funcionários recém-demitidos, os valores ultrapassa a casa dos R$ 60 milhões. O deputado federal Zeca do PT, que está no comando da legenda no Estado desde Junho deste ano e foi o responsável pelas demissões em massa, sustenta em sua defesa que o pagamento dos acertos vai depender, unicamente, do fluxo financeiro.

Em um manifesto divulgado à imprensa, os ex-funcionários do PT/MS acusam a diretoria de ‘dar um calote’ sem ao menos dar uma satisfação aos empregados que, por anos, dedicaram às atividades do partido. Os funcionários foram mandados embora no último dia 03, alguns desses trabalhadores tinham mais de 16 anos de casa, apenas a mulher que exerce a atividade de copeira permaneceu contratada.

A situação no PT complicou no mês de Abril, após a legenda perder o direito ao Fundo Partidário – principal fonte de renda dos partidos políticos – por conta de uma falha nas prestações de contas da campanha do próprio deputado e presidente regional Zeca do PT, ainda no pleito de 2010. Sem a verba, o salário dos funcionários vinha sendo depositada sempre em atraso, até culminar na demissão em massa.

Na nota, o grupo de ex-funcionários critica a postura adotada por Zeca, de mandar todos embora de uma só vez ao invés de usar uma ação escalonada ou de tentar reerguer o caixa do partido através da ajuda de outros deputados e políticos do PT. Eles também acusam a situação de ser mais uma questão de ‘perseguição política e assédio moral’ do que a própria falta de recursos financeiros.

O site R1 News entrevistou nessa semana o deputado federal Zeca do PT, na conversa, ele falou sobre a situação financeira no PT/MS, também falou sobre o seu futuro político e fez um balanço do seu mandato parlamentar. A entrevista completa será publicada neste domingo (16).

Confira a nota dos ex-funcionários do PT sobre as demissões: