Estádio de R$ 1,4 bilhão, casa do Fla no DF tem escuridão e falta de água
Por Redação Publicado 10 de março de 2016 às 11:45

Sede também da Rio 2016, Mané Garrincha apresenta problemas de manutenção e quadro móvel reduzido. Pontos sem luz e filas na entrada atrapalham torcedores

Estádio mais caro dos 12 construídos ou reformados para a Copa do Mundo de 2014 – e que será uma das sedes do futebol na Rio 2016 -, o Mané Garrincha, em Brasília, casa escolhida pelo Flamengo para a temporada 2016, custou R$ 1,4 bilhão aos cofres públicos, mas sofre com problemas no dia a dia. No empate por 1 a 1 entre o Rubro-negro e o Figueirense, na noite desta quarta-feira, o GloboEsporte.com recebeu relatos de torcedores – com fotos e vídeos – que mostram pontos de escuridão na entrada, nos acessos e no interior do estádio, além de falta de água em alguns banheiros e quadro móvel reduzido.

O público na partida da noite de quarta-feira foi reduzido. Pouco mais de sete mil pessoas foram ao Mané Garrincha, que deve receber 10 jogos do Rubro-Negro no Brasileirão e também virou casa pontual de algumas equipes – Fluminense, Vasco e Botafogo já mandaram jogos na capital do país, sempre atraídos pelas cotas oferecidas pelas empresas organizadoras do evento.

No setor superior, que ficou fechado nessa quarta-feira, torcedores do Flamengo relataram bastante sujeira nas cadeiras e também nos banheiros. Na área de imprensa e também no setor “hospitality”, luzes apagadas, elevadores desligados e até falta de água nas torneiras – veja o vídeo no início da matéria.

Com entorno inacabado, a comparação da luminosidade do estádio durante os jogos da Copa do Mundo e partidas do ano passado e deste ano mostram a economia na operação do Mané Garrincha. Mesmo com apenas sete mil pessoas, os torcedores encararam fila e muitos entraram apenas com a bola rolando.

O GloboEsporte.com entrou em contato com administradores do estádio do Governo do Distrito Federal, enviou algumas questões a respeito das condições do Mané Garrincha e dos problemas relatados pelos torcedores. A Secretaria de Turismo do Distrito Federal explicou que a escuridão se deu por economia de luz em jogo de menor apelo. A assessoria de imprensa afirmou que luzes foram acesas na etapa final. A reportagem também recebeu informações de que obedecem a pedidos dos organizadores do jogo – no caso desta partida, a Feito Eventos. A alegação é a mesma: respeitam a demanda de público na arena.

– Eu acho um absurdo! Realmente é um estádio muito escuro. Não consegui tirar foto lá fora. Pelo preço (do estádio) que foi, deveriam oferecer muito mais. Eu sou sócio-torcedor do Flamengo e paguei R$ 70 pela entrada – conta Mariana Lopes.

No setor destinado aos jornalistas, praticamente não havia luz no acesso à tribuna e poucos funcionários informavam como chegar ao setor superior. Um dos elevadores não estava funcionando e filtros de linha colocados nas baias também não acendiam.

– Eu venho em quase todos os jogos do Flamengo aqui. O pior é a sujeira no banheiro e nas cadeiras. Hoje não dava para ver, pois a parte superior estava fechada. E ainda vendem um potinho de batata frita por R$ 15 – reclamou Bruno, rubro-negro e morador de Brasília, que preferiu não dizer o sobrenome.

Fonte: Ge