Esplanada é fechada por três dias por votação do impeachment na Câmara
Por Redação Publicado 15 de abril de 2016 às 09:05

PM desviou trânsito para vias N2 e S2, paralelas ao Eixo Monumental.
Metrô alterou horário de funcionamento; confira ‘regras’ da manifestação.

O trânsito na Esplanada dos Ministérios fica fechado desde a madrugada desta sexta-feira (15) até domingo à noite nos dois sentidos após a rodoviária do Plano Piloto. O objetivo é garantir a segurança durante atos previstos para ocorrer no local durante a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.

A Polícia Militar desviou o trânsito para as pistas N2 e S2, paralelas ao Eixo Monumental. Motoristas que estacionaram em algum ministério ou em frente à Catedral tinham até as 9h para retirar o veículo. Quem estacionou em local irregular terá o automóvel guinchado. Motoristas que estacionaram em vaga regular só poderão pegar o carro no domingo à noite.

O governo do Distrito Federal determinou que a área em frente ao Congresso Nacional fique isolada e restrita apenas a policiais, bombeiros e militares da Força Nacional.

Metrô
A direção do Metrô decidiu alterar o horário de funcionamento. O serviço funcionará das 11h às 23h. A partir das 20h, somente a estação Central, na rodoviária do Plano Piloto, ficará aberta para embarque e desembarque. As outras 23 estações ficarão abertas apenas para desembarque. Os passageiros são orientados a comprar o bilhete antecipadamente para evitar filas.

Orientações da PM
A Polícia Militar recomendou que manifestantes levem água ao ato e evitem transportar objetos de valor ou grande quantia de dinheiro. Fogos artifícios, máscaras, megafones e garrafas de vidro são proibidos na Esplanada.

Esquema de segurança
O governo do Distrito Federal decidiu reformular parte do esquema de segurança e liberar o uso de bonecos infláveis por parte dos manifestantes durante a votação do impeachment neste final de semana. Também foi acordado que os grupos que tiverem os interesses atendidos no processo poderão desfilar com trio elétrico pela Esplanada dos Ministérios, mas somente depois da dispersão dos movimentos opostos. O aumento no número de carros de som está em discussão.

A decisão foi tomada na tarde de terça-feira (12), depois de discussão entre representantes da Secretaria de Segurança Pública e membros de diversas entidades, como Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Movimento Brasil Livre (MBL), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Resistência Popular, Vem Pra Rua e União Nacional dos Estudantes (UNE).

Os grupos pediram ainda a liberação do gramado em frente ao Congresso Nacional. O governador Rodrigo Rollemberg negou o pedido. Ele destacou o fato de o local ser estreito e cercado por duas elevações. “Em caso de conflito, pode haver pessoas pisoteadas por causa dos taludes laterais.”

O esquema de segurança para a semana de votação do impeachment foi anunciado no sábado. Balões aéreos de identificação dos movimentos e bonecos considerados ofensivos e provocativos, independentemente do tamanho, estavam proibidos por poderem “inflar” os ânimos dos grupos antagônicos. O pato inflável de 20 metros de altura montado pela Fiesp e o “placar do impeachment” chegaram a ser retirados da área central por causa disso.

Seguem desautorizados acampamentos na Esplanada dos Ministérios e nas adjacências. Manifestantes a favor do impeachment que já estão na cidade ficam em barracas no Parque Ana Lídia, a cerca de cinco quilômetros de distância. Grupos contrários ao afastamento da presidente Dilma Rousseff chegaram a montar estruturas no Teatro Nacional, mas foram remanejados para o estacionamento do ginásio Nilson Nelson – a quatro quilômetros de distância.

Os grupos têm áreas já definidas na Esplanada para os protestos. Eles estarão separados por um “muro” de um quilômetro, montado por detentos do regime semibaerto, a partir da Catedral Metropolitana. A Força Nacional vai reforçar o efetivo, que conta com 3,7 mil policiais civis e militares. A expectativa do governo é de que 300 mil pessoas acompanhem a votação.

Fonte; G1