
Repatriado pelo Sesi-SP, central recebe aval de Bernardinho para acompanhar a chegada de Théo no meio da Liga Mundial: “Vai dar para curtir um pouquinho”
“Será que vai dar tudo certo?” Ansiedade é um sentimento que Lucão carrega à flor da pele nos últimos dias. A pouco menos de dois meses para a Olimpíada do Rio de Janeiro, é grande a expectativa do jogador de vôlei para defender o Brasil. Só que a aflição maior do central no momento envolve trocar fraldas e choro de bebê. O central de 30 anos espera a chegada de Théo para o dia 20 de junho. A esposa Bia Casagrande já está de repouso, mas Lucão tem de acompanhar tudo de longe por causa da seleção.
– Minha esposa já está de repouso. Como era esperado, o bebê é bem grande, e ela é pequenininha (risos). O médico falou que é repouso total para completar a formação do bebê para nascer com segurança. A ansiedade começou a bater agora. Antes era montar quarto, coisas que abstraiam um pouco. Agora começa a pensar: “Será que vai dar tudo certo? Será que vou conseguir trocar a fralda? Fazê-lo não chorar tanto?” É uma experiência maravilhosa – contou Lucão, que tem 2,10m de altura, enquanto a esposa Bia tem apenas 1,63m.
O central está concentrado com a seleção no centro de treinamento de Saquarema. Ele está no grupo que disputa a primeira rodada da Liga Mundial, na Arena Carioca 1, entre os dias 16 e 19 de junho. Antes de embarcar para a segunda rodada, em Belgrado, na Sérvia, Lucão vai poder ver o nascimento de Théo.
– Já conversei com o Bernardo, que me liberou para ver o parto. A seleção viaja no dia 20 para a Europa. Eu vou no dia 21. Assisto ao parto à noite e já pego o avião pela manhã. Vai dar para curtir um pouquinho, ver o parto, aquela emoção de ser pai vai me dar um suporte bom para ficar fora. Como atleta, sei os sacrifícios que fazemos, as coisas que abrimos mão. Espero que tudo dê certo – disse Lucão.
Mesmo de longe, o central sabe que Bia está em boas mãos. Ele confia no suporte de familiares às vésperas do nascimento. Antes de se juntar à seleção, porém, Lucão não media esforços para amparar a esposa. Até o companheiro de seleção Bruninho foi acionado para quebrar o galho na tradução para o italiano quando Bia precisava ir ao hospital de Modena, onde os dois jogavam até o mês passado – eles vão defender o Sesi-SP na próxima temporada. O levantador acabou virando padrinho de Théo.
– Ele já tem 1,05m e está com quase 8kg (risos). Ainda não saiu da barriga da mãe, mas acho que em 2020 já pode estar na Olimpíada – brincou Bruninho.
Apesar de não poder acompanhar tanto os primeiros dias do filho, Lucão não tem dúvida: a expectativa é maior para a chegada de Théo do que para o início da Olimpíada.
– A ansiedade maior é para ser pai, porque está mais próximo e é um momento importante da minha vida. Sobre seleção, sou um cara muito sensato, muito pé no chão. Temos que primeiro fazer uma boa Liga Mundial, equilibrar o time e mostrar para as outras equipes que temos condições de enfrentar qualquer uma e de ganhar títulos.
Fonte: Ge