Emater-MG atende mais de 6 mil produtores em um ano de trabalho da Chamada Pública do Leite
Por Redação Publicado 15 de março de 2016 às 14:10

Orientações da empresa auxiliam os produtores na gestão das propriedades

A Emater-MG completa este mês um ano de trabalhos executados em contratos vigentes do edital federal da Chamada Pública do Leite. Nesse período, mais de seis mil produtores receberam assistência técnica diferenciada. A empresa trabalhou diversos temas com o objetivo de auxiliar o produtor na gestão de sua propriedade, geração de renda e melhorar a qualidade do leite.

A Chamada Pública é uma modalidade de contratação do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) de serviços de assistência técnica oferecidos por entidades públicas e privadas. Foram seis contratos vigentes assinados entre a Emater-MG e o MDA. A iniciativa beneficia 6.100 famílias mais de 200 municípios localizados nas regiões Central, Leste, Zona da Mata, Sul de Minas e Triângulo Mineiro.

Os contratos têm duração de três anos e o valor total disponibilizado pelo MDA para o pagamento pelos serviços prestados é de R$ 24 milhões. “O diferencial é que existe um cronograma, um contrato assinado, metas a cumprir e recursos específicos para que as ações sejam desenvolvidas. Com isso, ganha o agricultor familiar”, diz o gerente de Consultoria de Contratos e Convênios da Emater-MG, Cláudio Bortolini.

O trabalho é desenvolvido em etapas estabelecidas em cronogramas de trabalho. Inicialmente é feita a seleção das famílias. Logo em seguida, é elaborado um diagnóstico da realidade de cada uma delas. Com esses dados, Emater-MG cria com as famílias um plano de projeto produtivo para cada propriedade. A empresa então faz o acompanhamento técnico das ações propostas nesse plano durante 3 anos, promovendo adequações, quando necessário.

“O produtor recebe uma assistência diferenciada e, com isso, está mais fortalecido para sobreviver aos impactos da crise que estamos vivendo. O produtor tem a possibilidade de discutir com o técnico as alternativas de alimentação, por exemplo, para compensar a elevação do preço da soja e do milho”, afirma o gerente de Consultoria da Emater-MG. Ainda segundo Bortolini, o atendimento da empresa tem ajudado essas famílias a aumentar a produção de leite e reduzir os custos da atividade.

Durante as visitas técnicas, a Emater-MG os produtores sobre a melhoria da qualidade do leite; produção de silagem para alimentação bovina no período de seca; tecnologias para melhoria de pastagens degradadas; pastejo rotacionado; sistema Integração lavoura, Pecuária e Floresta.

A propriedade do produtor Antônio Cota se transformou em uma das unidades demostrativas implantadas pela Emater-MG, por meio da Chamada Pública do Leite. Antes de receber orientação da empresa, a propriedade produzia 100 litros/dia. Hoje, ele consegue produzir 150 litros/dia. Um dos problemas era a pastagem degrada, que foi solucionado com orientação técnica. “Nós fizemos a correção do solo, plantio consorciado com braquiária e sorgo, dividimos o pasto em piquetes e a pastagem melhorou, ajudando na produção do rebanho”, diz o pecuarista.

Dias de Campo

Uma das atividades previstas nos contratos para fechamento deste primeiro ano de atendimento da Chamada Pública do Leite é a realização de dias de campo. A Emater-MG está promovendo cerca de 200 eventos no primeiro trimestre de 2016. Nos dias de campo são reforçados os temas trabalhados durante o ano com os produtores. Os encontros também facilitam a participação de outros produtores que não são atendidos diretamente pela Chamada Pública do Leite.

Na unidade regional da Emater-MG em Sete Lagoas, região Central, foram realizados 16 dias de campo. Produção de silagem de milho e sorgo, plantio direto e condução de canavial foram alguns dos temas abordados. “Esses dias de campo servem para a divulgação de novas tecnologias. No nosso caso, os temas abordados estão ligados diretamente com os problemas relatados pelos produtores”, conta o coordenador regional de Culturas da Emater-MG, Walfrido Machado Albernaz.

Ele ainda ressalta que os dias de campo contribuíram para o envolvimento de parceiros do setor privado no trabalho, levantamento de novas demandas e ampliação da discussão.

Fonte: Portal do Agronegócios