Em crise, prefeitura quer comprar novo ônibus do City Tour por R$ 1,4 milhão
Por Redação Publicado 9 de julho de 2015 às 12:11

Mesmo em crise financeira, a Prefeitura de Campo Grande pretende adquirir novo ônibus de R$ 1,4 milhão para o City Tour. A proposta, no entanto, depende do aval de vereadores por compor projeto de suplementação de R$ 60,4 milhões, enviado pelo prefeito Gilmar Olarte à Câmara na última terça-feira (7).

O secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Agronegócio (Sedesc), Natal Baglioli, justificou ao Portal Correio do Estado que a compra está em estudo desde o ano passado e o recurso para aquisição será proveniente de convênio com a empresa JBS.

A principal finalidade da nova aquisição seria ampliar o serviço, utilizando o novo veículo para visita de todos os pontos turísticos e o antigo para rotas curtas de cultura e visita a pontos de venda de artesanato. O Aquário do Pantanal também teria motivado a compra, no entanto, a obra não tem previsão de quando ficará pronta.

“A compra se dá porque a cidade cresceu e os pontos turísticos também. Temos ainda solicitação de circuitos menores e isso nos possibilitaria conquistar pontuação melhor junto ao Ministério do Turismo, o que facilita ao se pleitear mais recursos [para o setor]”, pontuou.

De acordo com o secretário, somente a empresa Marcopolo seria apta a entregar um veículo formatado para executar o serviço sem necessidade de se adaptar a carroceria. Esta ofertaria ônibus com capacidade para 74 passageiros, porém para concluir o negócio seria preciso vencer processo de licitação sem data para ser iniciado.

Criado em 2004, o City Tour é operado pelo Campo Grande Convention & Visitors Bureau. O serviço chegou a ser descontinuado, durante a gestão do ex-prefeito Alcides Bernal (PP), por necessidade de reforma do veículo atual e foi retomado em agosto de 2013. Atualmente, o valor do passeio é de R$ 33 e as reservas podem ser realizadas pelo telefone (67) 3321-0800.

SUPLEMENTAÇÃO
No pacote de suplementação em análise pelos vereadores também estão incluídas mudanças contábeis de R$ 49.875 milhões para despesas com desapropriações, serviços gráficos, fornecimento de refeições, limpeza, coleta e destinação de resíduos sólidos, manutenção de serviços de iluminação e locação de máquinas.

Fundos municipais de saúde e investimento social terão reforço de R$ 313 mil e R$ 921 mil para atender a repasses a instituições beneficiadas por emendas dos vereadores. Outros R$ 1.520 milhão será destinado a manutenção da Secretaria de Governo e Relações Institucionais (Segov), bem como seus gastos com publicidade e comemorações previstas no calendário de festividades do município.

Fonte: Correio do Estado/Kleber Clajus