Durante audiência pública, secretária defende diálogo para colocar fim a violência escolar
Por Ariel Moreira Publicado 31 de março de 2017 às 19:00

A secretária Municipal de Educação, Ilza Mateus de Souza, durante audiência pública, nesta sexta-feira (31.03), na Câmara Municipal de Campo Grande, destacou os efeitos da violência nas escolas da Rede Municipal de Educação (Reme), defendendo a importância do diálogo.

O debate foi proposto pela Comissão Permanente de Educação e Desporto, formada pelos vereadores Valdir Gomes, presidente do grupo, André Salineiro (vice) e vereadores Delegado Wellington, Ademir Santana e Veterinário Francisco.

Durante o encontro, que também contou com da diretora da escola municipal Antônio José Paniago, também presidente do Conselho de Diretores das Escolas Municipais, Maria Lucia de Fátima de Oliveira,  foi discutido o episódio do incêndio que destruiu completamente três salas desta escola, localizada no Jardim Itamaracá, no domingo (26) à noite. O ocorrido está agora sob investigação da polícia para descobrir as causas do incêndio. O prejuízo estimado é de R$ 500 mil.

A diretora lembrou que as aulas precisaram ser suspensas por dois dias e a prefeitura teve que arcar com a aquisição de novos móveis para a escola, inclusive carteiras escolares para 75 alunos – que foram realojados.

Durante sua explanação, a diretora Maria Lucia também destacou sua preocupação com os constantes atos de vandalismo nas unidades escolares e argumentou que há necessidade de buscar soluções para evitá-los, entre elas a intensificação de segurança policial.

Ações preventivas

Durante o encontro, Ilza Mateus avaliou que debates sobre violência no ambiente escolar devem ser continuamente discutidos, buscando ações preventivas.

A mesma opinião é compartilhada pelo vereador Delegado Wellington, que defende o debate permanente da violência nas escolas para descobrir as causas dessa prática. “A polícia não tem efetivo para cuidar de todas as escolas. Precisamos também da ajuda das pessoas que estão na escola e do apoio da assistência social”, destacou.

Ao finalizar os debates, a secretária de Educação considerou positivo o encontro destacando que é necessária a realização de outras iniciativas semelhantes e propôs ainda rodas de conversa com a comunidade escolar, especialmente nas regiões onde há ocorrências de vandalismo nas escolas.

Prevenção

Como forma de prevenir a violência nas escolas, a Secretaria Municipal de Educação desenvolve projetos em parceria com instituições, entre elas com a 27ª Promotoria de Justiça e o Tribunal de Justiça do Estado (TJMS). As ações visam criar uma consciência antiviolência buscando o diálogo para conciliar os conflitos.

Entre os projetos está o Proceve (Programa de Conciliação para Prevenir a Evasão e a Violência Escolar), que busca o realinhamento e adequação nos regimentos das escolas para permitir, com o aval dos pais, a conciliação de conflitos escolares, a fim de prevenir a evasão e a violência escolar.

A Justiça Restaurativa na Escola tem por finalidade a resolução e a prevenção de conflitos no âmbito escolar, com um plano de ação que busca restaurar laços sociais. Com foco nos círculos de diálogos, os professores, trabalham questões relacionadas à violência na escola, buscando compreender a visão dos alunos sobre o tema, esclarecer dúvidas, prestar orientações e informar seus direitos e deveres, além das consequências de atos violentos.

Há também o projeto Escola que Protege, desenvolvido em parceria com os Conselhos Tutelares, tem a finalidade de oferecer às escolas municipais subsídios para a resolução dos problemas sobre o número excessivo de faltas, casos de evasão escolar e violência. A escola envia relatórios para o Conselho Tutelar e para a Superintendência de Gestão e Normas da Semed para que a secretaria acompanhe os casos problemáticos.

Fonte: Prefeitura de Campo Grande