DSEI encerra capacitação em psicoterapia fechando Setembro Amarelo Indígena
Por Redação Publicado 23 de setembro de 2017 às 07:00

Focando no tema “Prevenção do Suicídio entre Indígenas” o Distrito Sanitário Indígena de Mato Grosso do Sul (DSEI-MS), por meio da Divisão de Atenção à Saúde Indígena (DIASI) encerrou na sexta-feira (22) a capacitação de profissionais da Saúde Indígena do estado, realizado desde o dia 18 no Eco Hotel do Lago em Campo Grande.

A capacitação foi coordenado pela psicóloga Fabiane Vick e contou com a participação de médico etnopsiquiatra Carlos Coloma, psiquiatra José R. Martinez, psicólogo Weslley Leão (DSEI-Araguaia), a presidente da Comissão de Saúde do Conselho Regional de Psicologia 14ª Região Marilene Kovalski, psicólogas e assistentes sociais do polo base.

Houve consenso entre os participantes da importância do conteúdo teórico dos temas abordados, mas e principalmente da relevância para o trabalho de campo. Por meio de exposição de casos experimentados pelos profissionais e as discussões dessas experiências, bem como do estreitamento de relacionamento entre aqueles que atendem aos diversos polos, a questão passa a ser melhor compreendida e os “sinais”, ou “sintomas”, melhor percebidos e com maiores possibilidades de prevenção.

“Foi muito importante essa capacitação, pois nos trouxe uma carga de conhecimento sobre problema que, com a ampla troca de conhecimentos despertou aspectos que nós, enfermeiras, não percebíamos em sua totalidade”, disse Kellen Medeiros Venciguer do Polo de Miranda. “A partir do conhecimento adquirido, aspectos e sinais passam a ser melhor observados e, assim podemos alertar os psicólogos para que procedam à avaliação e nos possibilita fazer um acompanhamento mais próximo e preciso”, concluiu Kellen.

O aspecto acompanhamento do grupo familiar e social do suicida foi especialmente discutido, uma vez que provoca ou desencadeia aspectos psicológicos delicados àqueles conviveram de forma mais direta com os que consumaram ou tentaram o suicídio.

Outros fatores como uso de drogas lícitas ou ilícitas pelos jovens, ou que venham a provocar a desagregação familiar quando usadas por adultos; a tensão constante provocada, por exemplo, pela posse da terra; ausência dos pais que trabalham em colheitas e se ausentam por longo período de tempo, foram outros temas que mereceram análise e discussão.

Devido ao crescente número de casos de suicídio em todas as sociedades, pretende a capacitação prevenir o número de suicídios entre os indígenas das diversas etnias de Mato Grosso do Sul, conforme proposto pelo Setembro Amarelo Indígena do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena.