A Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) é a língua materna das pessoas surdas, antes mesmo do idioma nativo. Ela é extremamente importante na vida dos surdos, porque facilita a comunicação entre eles, garante a qualidade de vida e a utilização das Libras em meios de comunicação como televisão, filmes, eventos sociais e palestras.
No Brasil a comunidade surda é expressiva, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 9,7 milhões de pessoas no País possuem algum grau de deficiência auditiva. Conforme dados do Censo de 2010 indicam que, desse total, cerca de 2,2 milhões têm deficiência auditiva em situação severa e, entre estes, 344,2 mil são surdos.
A Libras apresenta uma série de palavras, sinais e expressões que formam uma estrutura gramatical e semântica própria, abrindo oportunidades no mercado de trabalho e oportunidades pessoais.
Centro de Capacitação na Capital
Em Campo Grande, a Secretaria de Estado de Educação do MS (SED), disponibiliza o Centro de Formação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) que há 14 anos tem a finalidade de desenvolver a política de inclusão, difundindo informações sobre a educação dos surdos, deficientes auditivos e dos surdoscegos, incluídos no ensino regular.
O CAS oferece também curso de libras e formação continuada de tradutores intérpretes, disponibilizando materiais multimídias em seu blog cassedms.blogspot.com.br.
Em 2003 foi implantado o “Atendimento Educacional às Pessoas com Surdocegueira e Múltipla Deficiência Sensorial em Mato Grosso do Sul”, com o objetivo de assegurar a essa população o direito ao atendimento educacional especializado com o apoio de instrutor mediador ou guia-intérprete na Rede Estadual de Ensino.
Regulamentação
Em 2002, por meio da Lei nº 10.436, o método de Libras passou a ser reconhecido como meio legal de comunicação e expressão. A regulamentação ocorreu em 2005, quando um decreto presidencial incluiu, entre suas determinações, a inserção da Língua Brasileira de Sinais como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior.
O decreto prevê ainda que as Libras sejam ensinadas na educação básica e em universidades por docentes com graduação específica de licenciatura plena em letras.
Com informações CAS e Portal Brasil