Delcídio admite ter pedido dinheiro a Odebrecht
Por Redação Publicado 19 de abril de 2017 às 13:25

O ex-senador Delcídio Amaral confirmou o encontro em São Paulo e no Rio, e o recebimento da propina delatada pelo executivo da Odebrecht Benedicto Junior, mas o encontro teria acontecido em outro hotel, também em Copacabana. Disse ainda que o valor solicitado para a campanha de Delcídio foi de R$ 3 milhões, declarados na prestação de contas em 2014 e disponíveis para consulta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

O funcionário da Odebrecht diz ter realizado doação de R$ 5 milhões, R$ 2,0 milhões a mais do que o que foi admitido pelo ex-senador, na época no PT, para sua campanha ao governo do Mato Grosso do Sul em 2014. Na época, o ex-parlamentar acabou derrotado pelo atual governador, Reinaldo Azambuja (PSDB) no segundo turno.

A assessoria de Delcídio fala em doação legal de R$ 3 milhões, conforme relato do portal do jornal O Globo. O depoimento a procuradores no Rio de Janeiro e o executivo fala da influência que Amaral teria sobre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff para justificar o alto valor pedido à empresa.

Delcídio era identificado, na planilha de beneficiários, como “grisalhão” e “ferrari”, “porque era uma pessoa muito acelerada”, explica Benedicto Junior, que assegura que se encontrou com Delcídio a pedido de Marcelo Odebrecht, pois esse alegava falta de agenda para receber o político. A dupla se viu em São Paulo, no escritório da Odebrecht, onde Delcídio teria pedido o montante. Benedicto Junior alega que achou o valor alto,mas acatou por causa da influência do ex-senador.