O custo de produção de bovinos no ano até setembro subiu 7,43% no Brasil
O custo de produção de bovinos no ano até setembro subiu 7,43% no Brasil, influenciado principalmente pelo impacto da valorização do dólar ante o real no preço dos insumos, segundo estudo elaborado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, em conjunto com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Os preços de insumos que mais se valorizaram no ano, afetando o Custo Operacional Total (COT) da pecuária de corte, foram adubos e corretivos (14,67%), suplementação (11,92%), combustíveis (6,2%) e antiparasitários (5,1%).
Pecuaristas de engorda também sofreram impacto dos altos preços dos animais de reposição, item que representa 50% dos custos de produção do boi gordo.
“Diante dos altos patamares, pecuaristas de engorda seguem cautelosos na compra de animais de reposição”, informaram os analistas da Esalq e da CNA no Boletim Ativos Pecuária de Corte.
“Além disso, as condições dos pastos ainda desfavoráveis em algumas regiões produtoras reforçaram a postura retraída de compradores”, acrescentaram.
Carne bovina tem preço firme
No mercado doméstico, a tendência é que os preços da carne bovina continuem firmes, principalmente em razão da oferta reduzida de animais para abate, cenário observado desde o fim do ano passado e que se mantém no país.
“Devido à pouca modificação nas relações de troca entre carne bovina e as carnes substitutas (desde abril de 2015), e o padrão de consumo brasileiro, que prioriza o consumo de carne bovina, o consumo doméstico não tem mostrado sinais de redução”, informaram os analistas.
Fonte: Portal do Agronegócios