Culinária do Centro-Oeste ajuda a divulgar turismo da região
Por Redação Publicado 16 de março de 2015 às 22:25

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A gastronomia brasileira é tão mestiça quanto seu povo. Ela se compõe de heranças indígenas e africanas mescladas à culinária dos povos colonizadores. Do pão de queijo mineiro ao churrasco gaúcho, do acarajé baiano à moqueca capixaba, o Brasil é, literalmente, um prato cheio àqueles que desejam desbravar a cultura por meio de seus sabores. Afinal, comer é também um ato social e a comida revela os hábitos e a identidade do povo de cada região.
Entre as riquezas gastronômicas brasileiras, sem dúvida o cardápio típico de Mato Grosso do Sul não poderia ficar de fora com um de seus representantes mais legítimos: o caldo de piranha.

Produzido com o peixe, que é abundante nos rios do Pantanal, a iguaria é também bastante apreciada na cozinha, com fama de ter propriedades afrodisíacas. É feito geralmente com a carne do peixe batida e misturada à cebola e pimentão. Temperado com alho, sal e colorau, o caldinho leva ainda especiarias como folhas de louro, manjericão e pimenta malagueta. Pode ser servido como entrada, acompanhado de torradas.
Mas as delícias do Centro-Oeste não param na região pantaneira, não. A galinhada com pequi, fruta típica de Goiás, tem aroma e sabor peculiar. O pequi é usado inteiro ou em polpa em diversas receitas da região. A mistura tanto com arroz quanto com galinhada é uma das mais apreciadas tanto por moradores locais quanto pelos turistas. A fruta também costuma ser consumida pura, mas para isso é preciso cuidado, pois o fruto tem espinhos entre a polpa e o caroço que podem machucar a boca.
Já o Empadão goiano, característica de Goiás, a empada “gigante”, costuma ser servida no formato de torta e leva ingredientes variados, tais como lombo de porco, linguiça, queijo, frango, palmito e ovo cozido. Iguarias típicas da região como o pequi e a guariroba também são acrescentados ao recheio, sempre farto.
Voltando para Mato Grosso do Sul, não poderia faltar nessa viagem de sabores, o Arroz de carreteiro,  prato típico do sul do país, mas que conquistou os sul-mato-grossenses, já que várias cidades do Estado foram formadas pelos gaúchos. Os carreteiros e os tropeiros eram homens que viviam nas estradas, na lida dura do campo. Os carreteiros conduziam as carretas, uma espécie de carroção puxada por bois, transportando todos os suprimentos e o que mais o povo local necessita-se e os tropeiros conduziam as tropas de gado ou cavalos, comprando e vendendo e transportando esses animais.
Como passavam muito tempo pelos pampas, e precisavam cozinhar ao ar livre, e assim levavam consigo um fiambre, charque e arroz, eram os alimentos com mais proteínas que eles podiam levar nas suas mochilas, sem o perigo de estragar enquanto venciam as longas distâncias. Hoje existem diversos tipos de charque, mas naquela época dos carreteiros e dos tropeiros, o charque era feito de pedaços nobres da carne de gado que era salgada e então secada ao vento.
 

Agora que você conheceu um pouco mais dessa rica cozinha, que tal preparar a mesa e convidar os amigos para saborear uma dessas delícias e conhecer um pouco da cultura sul-mato-grossense?

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