Criança nasce bem após mãe ser diagnosticada com morte encefálica desde janeiro
Por Ariel Moreira Publicado 31 de março de 2017 às 14:33

Nasceu na Santa Casa, na manhã de hoje (31), pesando 1,5 quilos e com 34 cm, o garoto Igor, filho de Renata, uma jovem que completaria 23 anos no dia 29 de abril.

Seria apenas uma nota de felicitações e o informe de mais uma das milhares de crianças que nascem diariamente, no entanto representa um exemplo de dedicação plena dos profissionais de saúde.

Em janeiro a jovem Renata deixou o ambiente de serviço com fortes dores de cabeça. Procurou atendimento médico na Santa Casa e foi diagnosticada com Acidente Vascular Cerebral (AVC). Teve morte encefálica diagnosticada em 27 de janeiro. Trazia Igor no ventre.

Os médicos optaram proporcionar sobrevida à paciente uma vez que, naquele momento, fazer a cesariana colocaria em risco a vida da criança. Hoje, com risco de que a paciente desenvolvesse algum tipo de infecção, devido à morte encefálica prolongada, decidiram pelo parto.

Entenda a morte encefálica

Morte encefálica é a definição legal de morte. É a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro. Isto significa que, como resultado de severa agressão ou ferimento grave no cérebro, o sangue que vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado e o cérebro morre.

Para prolongar o período de atividades dos demais órgãos, mesmo depois de decretada a morte cerebral, o corpo da pessoa fica conectado a equipamentos que estimulam a respiração, mantendo os demais órgãos vivos por dias.

Medicamentos que estimulam a pressão sanguínea também são administrados, já que esta função também deixa de ser naturalmente feita com a morte cerebral.