Os trabalhadores dos Correios entraram em greve geral nesta quarta-´feira (20). A paralisação afeta 20 estados do país, entre eles Mato Grosso do Sul. De acordo com o Sintect/MS (Sindicato dos Trabalhadores nos Correios de Mato Grosso do Sul), as agências que aderiram ao movimento reduziram o número de funcionários como protesto. A ação é comanda pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).
Neste primeiro dia de paralisação, 25 municípios do Estado aderiram ao movimento. Entre os motivos da greve estão o fechamento de agências por todo o país, pressão para adesão ao plano de demissão voluntária, ameaça de demissão motivada com alegação da crise, ameaça de privatização, corte de investimentos em todo o país, falta de concurso público, redução no número de funcionários, além de mudanças no plano de saúde e suspensão das férias para todos os trabalhadores, exceto para aqueles que já estão com férias vencidas.
Em nota, os Correios declarou que a ação dos trabalhadores é precipitada. “Os Correios continuam dispostos a negociar e dialogar com as representações dos trabalhadores na busca de soluções que o momento exige e considera a greve um ato precipitado que desqualifica o processo de negociação e prejudica todo o esforço realizado durante este ano para retomar a qualidade e os resultados financeiros da empresa”, informa.
Para a presidente do Sintect-MS, Elaine Regina Oliveira, o momento é decisivo para se garantir a assinatura de Acordo Coletivo de Trabalho que garanta os direitos e benefícios já conquistados pela categoria bem como o reajusta salarial. “Somente um forte movimento nacional poderá garantir nossos direitos. Fazemos um apelo aos trabalhadores que ainda não aderiram. A hora de mostrar nossa força é agora. É um insulto à categoria o fato de que passados mais de 40 dias da entrega da pauta de reivindicações a direção da empresa não tenha proposta nada além de redução de nossos benefícios.”, afirma.