Contagem rápida aponta vitória de governista no Equador e rival pede recontagem
Por Redação Publicado 3 de abril de 2017 às 08:50

Lenín Moreno tem 51% dos votos e Guilherme Lasso, 48%, segundo o Conselho Nacional Eleitoral. Cerca de 12,8 milhões de cidadãos foram convocados às urnas neste domingo.

O candidato governista Lenín Moreno foi eleito novo presidente do Equador neste domingo (2). Em contagem rápida, o candidato apoiado pelo atual presidente, Rafael Correa, venceu o opositor Guilhermo Lasso por uma vantagem pequena. Moreno ficou com 51,1%, enquanto Lasso teve 48,9%, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral do Equador (CNE). Até as 23h43, 94% dos votos haviam sido apurados.

Pesquisas boca de urna chegaram a apontar diferentes resultados para a eleição, com o Instituto Cedatos dando a vitória para Guilhermo Lasso, enquanto o Perfiles de Opinion apontava vantagem para Moreno.

De acordo com a agência Reuters, a oposição pede a recontagem dos votos.

Votação

Cerca de 12,8 milhões de cidadãos foram convocados às urnas para eleger seu presidente dos próximos quatro anos, entre o ex-vice-presidente Moreno e o ex-banqueiro de direita Lasso.

No primeiro turno eleitoral, em 19 de fevereiro, Moreno, do movimento Alianza País (AP), obteve 39,3% dos votos válidos, mas ficou a poucos décimos da vitória, que exige 40% dos votos e dez pontos de diferença em relação ao segundo colocado, de acordo com a lei.

Lasso, do partido conservador Creando Oportunidades (Creo) e principal líder da oposição, obteve 28,1% dos votos no primeiro turno.

Quem é Lenín Moreno?

Moreno, ex-vice-presidente de Correa entre 2007 e 2013, de 64 anos e paraplégico, promete fortalecer os benefícios sociais para mães solteiras, aposentados e deficientes. Ele diz que continuará a política de Correa de uma economia à serviço das pessoas de baixa renda.

Ele fala de seu adversário como um elitista que eliminaria as políticas de bem-estar social e o liga a uma crise financeira de 1999 que fez centenas de milhares de equatorianos perderem suas poupanças.

Segundo a agência Reuters, uma vitória de Moreno é um alívio para o fundador do Wikileaks, Julian Assange, depois que Guillermo Lasso prometeu removê-lo da embaixada equatoriana em Londres se ele ganhasse a corrida presidencial.

Fonte: G1