Por nove votos a quatro, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara rejeitou, na tarde desta quarta-feira (5), o parecer que pedia a suspensão por quatro meses do mandato do deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ).
O relator, deputado Ricardo Izar (PP-SP), atendeu ao processo proposto pela Mesa Diretora da Casa (Representação 11, de 2016) para suspender o mandato de Wyllys por ter cuspido no deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), durante a votação da admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff, em abril do ano passado.
Wyllys alega que reagiu a ofensas homofóbicas. Bolsonaro nega. Os dois parlamentares já foram ouvidos pelo conselho. Izar reconheceu que Wyllys foi provocado, mas afirmou que a atitude dele, ao revidar, possui “natureza injuriosa” e é incompatível com o decoro parlamentar.
Na semana passada, integrantes do colegiado pediram uma punição mais branda para Jean Wyllys.
Fim do processo
Na mesma votação, o Conselho de Ética aprovou uma censura por escrito contra o deputado do Psol. Com a censura, o processo se esgota e não será mais levado ao Plenário da Casa. Caberá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, proferir a censura.
Wyllys não participou da reunião desta quarta-feira (5) do Conselho.
Fonte: Jornal do Brasil