É inegável: o mercado imobiliário vive uma das piores crises de todas as décadas. Poucos compradores e apartamentos e casas encalhadas são alguns dos fatores responsáveis pelo desaquecimento do setor. Para driblar essa situação, no entanto, uma imobiliária pode investir em estratégias e tecnologia para atrair mais clientes e oferecer um melhor atendimento.
A lenta retomada da economia é outro problema enfrentado e que diminui o número de compradores. Com pouco capital disponível, a aquisição de um novo imóvel fica no final da lista dos itens pretendidos, até mesmo porque o investimento é de longo prazo e demora para dar retorno.
Se por um lado está difícil de vender, também pode-se dizer o mesmo sobre comprar. Em setembro, a Caixa Econômica Federal diminuiu o valor de financiamento dos imóveis usados. Agora, a instituição financeira só cobre 50% do valor, além de encerrar as negociações com imóveis que ainda tinham prestações a pagar.
Para vencer essa fase difícil, muitas imobiliárias optaram por aumentar a margem de negociação. Além de pedir para os donos reduzirem o valor dos imóveis, também realizam promoções para atrair novamente os clientes perdidos. Os descontos podem chegar na casa dos 30%, dependendo do caso.
Outra estratégia adotada é a utilização de ferramentas digitais para encontrar novas oportunidades de negócio. Com esses serviços especializados, é possível controlar e organizar o fluxo de trabalho, se relacionar e dar feedback para clientes e parceiros, além de outras funcionalidades, como chat virtual, agenda e integração com portais imobiliários. O objetivo dos corretores ao utilizar esse tipo de serviço é, além de driblar a crise pela qual o setor passa, estar plenamente conectado e presente no ambiente digital.
Os sucessivos cortes na taxa de juros Selic também impulsionou o mercado imobiliário. Bancos como Santander, Bradesco, Banco do Brasil e Itaú aproveitaram a oportunidade para reduzir os juros das linhas de créditos imobiliários como forma de incentivar o financiamento de imóveis. Com a medida, as taxas praticadas pela Caixa Econômica Federal não são mais as melhores do mercado.