Enganam-se os que pensam que o Comercial, perde também, o jogo do “tapetão”. O que aconteceu foi na verdade uma partida de quatro tempos, portanto restam mais três para serem disputados.
Ainda hoje, pela manhã, procurado pela reportagem do site do Ultra Max News, o gerente de futebol do referido clube, Paulo Telles, disse em tom irônico, que estava curtindo as belezas das praias do Rio de Janeiro, cidade onde fica a sede do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), onde o clube deverá em último caso, dar entrada com a documentação apontado as irregularidades cometidas pelo Operário, ao ter escalado de forma irregular o jogador Eduardo Arroz.
AMISTOSO
No Rio de Janeiro, segundo Telles, ele chegará hoje à noite à capital do Estado onde neste domingo (16), logo pela manhã deverá seguir para Corumbá, aonde segundo o mesmo assistirá das cadeiras ao jogo “amistoso”, entre as equipes do Corumbaense x Operário, valendo por uma das duas semifinais do Campeonato Estadual.
Do Rio de Janeiro, onde segundo o mesmo se encontrava, ele orientou a reportagem a procurar o advogado do Comercial Reinaldo Leão Magalhães e este, detalhou os próximos passos que serão trilhados pelo departamento jurídico do clube para tentar reverter, a “primeira derrota” do clube, no “tapetão”.
Tranquilo e coeso das pretensões do clube, o advogado Reinaldo Magalhães fez questão de frisar as próximas etapas que deverá ser percorridas ainda no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), da FFMS antes de o clube dar entrada no STJD, no Rio de Janeiro.
De acordo com o advogado, antes de chegar ao STJD, o clube terá que esgotar todos os recursos no TJD onde foi derrotado na Procuradoria, com o parecer do Procurador Thiago Monteiro Yatros, depois o segundo passo será recorrer à Comissão Disciplinar, no terceiro passo, será ir ao Pleno do TJD e caso perca em todos, ai sim, a decisão de recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
PRIMEIRO RECURSO
O primeiro recurso do clube, impetrado através do advogado Reinaldo Magalhães, será dado nesta segunda-feira (17), à tarde, quando ele deverá requerer ao Procurador Geral do TJD, Vander Vasconcelos Galvão, que o mesmo reexamine a matéria apresentada. Conforme o advogado, o Procurador Geral terá uma prazo de dois dias para se manifestar.
“Dentro desse prazo, ele é obrigado a se manifestar sobre o requerimento. Não pode deixar de fazer”, arguiu o advogado Reinaldo Leão. “Se ele (Procurdor Geral), deferir, oferecerá denúncia para o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), que julgará o caso.
Caso perca, também nesse reexame, o Clube já admite desde agora que vai recorrer à Comissão Disciplinar fará o julgamento e por último antes de se esgotar os recursos na esfera esportiva da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), o clube vai ao Pleno do TJD e por fim, caso seja preciso, irá, finalmente ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro.
Conforme o advogado, o Comercial continua requerendo que o Operário seja condenado a perder todos os pontos dos jogos em que o atleta Eduardo Arroz tenha atuado, pois caso isso aconteça, a tabela de classificação do campeonato será alterada na pontuação, o que causará a perda de pontos do clube e consequentemente o seu rebaixamento.
“Queremos apenas que seja aplicado o Código de Justiça Desportiva”, encomendou o advogado comercialino.
Interrogado quanto ao prazo da prescrição, ele admitiu que o mesmo é previsto na lei, mas tem “as regras.
“A prescrição, dá o direito para recorrer da noticia, o que não houve e isso (noticia) acontece quando existe a partir do conhecimento da Procuradoria.
MATO GROSSO
O advogado Reinaldo Magalhães citou um caso idêntico registrado no futebol de Mato Grosso, onde a equipe, também do Operário de Várzea Grande, escalou igualmente ao seu homônio sul-mato-grossense, um jogador irregular na partida contra o Cacerense.
“Lá (em Mato Grosso), o Procurador acatou a noticia da infração e apresentou a defesa ao TJD”, reportou Magalhães.
SÓCIO
Além dos argumentos acima apresentados, o departamento jurídico do Comercial, também denunciará que o advogado do Operário, Rafael Meirelles seria sócio do procurador que arquivou o processo, Thiago Monteiro Yatros, o que é proibido pelo Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
“A sociedade faz parte do interessado e isso não pode”, disse Magalhães. “Isso não é permitido pela lei que veda a participação do procurador” finalisou.