Neste fim de semana, Zeca exibiu seu lado acústico em três datas esgotadas no Sesc Pinheiros, em São Paulo.
No domingo (2), o maranhense mostrou composições próprias e suas versões ousadas.
Acompanhado do pianista Adriano Magoo e do violoncelista Lui Coimbra, os arranjos do trio (com zeca ao violão ou apenas voz) trouxeram ainda mais intimismo às baladas Bandeira e Babylon.
As histórias divertidas das canções costuraram o repertório. Antes de cantar o hit Telegrama, Zeca contou que a letra da música marcou alguns pontos inusitados na época do lançamento. Primeiro, um vizinho de prédio, em São Paulo, se recusou a frequentar uma reunião com o artista só porque ele estava irritado com a frase “eu estava mais solitário do que um paulistano…”. Em outras ocasiões, delegados apareceram para agradecer a parte que diz “hoje acordei com uma vontade danada de mandar flores ao delegado…”. A plateia caiu no riso.
Ele também relembrou que compôs a bela Tomie Ohtake depois de observar o prédio do instituto de mesmo nome durante um pôr do sol coloridíssimo no bairro da Vila Madalena.
Outro grande destaque de Zeca, e que fica ainda mais surpreendente ao vivo, é sua capacidade de transformar completamente sucessos de outros compositores. Entre as belas versões da noite, estavam Esotérico (Gilberto Gil), a dobradinha Dia Branco (Geraldo Azevedo) e Paralelas (Belchior), além da já conhecida Proibida Pra Mim (Charlie Brown Jr.).
No bis, o cantor ainda emocionou os fãs com a releitura incrível de Ai Que Saudade D’ocê.
Um show inesquecível.
Fonte: Daniel Vaughan, do R7