Com proposta, Ricardo Oliveira marca reunião com Santos para definir futuro
Por Redação Publicado 24 de fevereiro de 2016 às 16:49

Contratado para substituir o Fenômeno, atacante reencontra o Corinthians nesta quarta-feira, às 21h45, agora defendendo o São Bento. Os dois times estão invictos

Contratado para ser sombra e substituir um dos maiores atacantes da história do futebol. A expectativa sobre o futebol de Edno, na chegada ao Corinthians em 2009 para ser um dos nomes do clube na busca pelo título até então inédito da Libertadores da América no ano do centenário, acabou frustrada por torcedores e pelo próprio jogador. Mostrando lucidez nas avaliações sobre sua passagem pelo Timão, Edno afirma que a presença de Ronaldo Fenômeno acabou impedindo uma sequência de jogos e minou qualquer possibilidade de sucesso na passagem pelo Corinthians.

– O Ronaldo é um grande jogador, um cara que tem uma história no Brasil. A força do Ronaldo era muito grande. Mesmo se não treinasse ele iria para o jogo. Nunca joguei dois jogos seguidos no Corinthians e em um time grande se você não jogar você acaba começando a ser questionado. Não tenho nada contra, admiro o futebol dele porque foi um grande jogador mesmo. Ele me ensinou muita coisa, dentro e fora de campo, e vale o que vivemos no tempo que atuamos juntos – avalia o atacante do São Bento.

Edno acabou ficando com a fama entre os torcedores de ser “jogador de time pequeno”. A passagem apagada pelo Corinthians e o sucesso em clubes como Noroeste e Portuguesa acabaram reforçando o rótulo, que não é motivo de dor de cabeça para o jogador.

– Não me incomoda o fato de acharem que eu jogo apenas em clubes menores. No Corinthians eu não tive sequência, qualquer jogador que não tiver sequência não vai conseguir jogar bem e evoluir .Mas seja em um clube grande ou pequeno, você tem que produzir. É muito diferente jogar em um Corinthians, por exemplo, porque existe pressão da torcida, da imprensa e essa é a grande diferença de atuar em um grande ou pequeno. Atualmente estou no São Bento e não me sinto menosprezado por isso – conta.

Aos 32 anos, Edno revela que a cultura do futebol brasileiro, segundo ele, de tratar jogadores de futebol como máquina o faz aconselhar jovens jogadores a deixarem o país rumo ao futebol europeu. Para o atacante, fora do país os jogadores são tratados como seres humanos.

– No Brasil o jogador de futebol é tratado como máquina, ninguém quer saber se você está passando por algum problema. É preciso entender que nunca nenhum jogador será perfeito, nem o Messi e o Neymar são. É preciso olhar o atleta como ser humano, essa cultura tem que mudar no futebol brasileiro. Por isso aconselho os jogadores a irem atuar na Europa, porque lá isso é diferente – disse.

Edno espera jogar mais três ou quatro anos. Após pendurar as chuteiras, ele planeja a carreira como treinador. Com muita personalidade, diz não se espelhar em nenhum treinador e que tentará implantar sua própria filosofia de trabalho, sem qualquer tipo de referência na profissão.

– Penso em ser treinador, mas ainda tenho muitos anos de carreira. Não me espelho em ninguém, porque cada ser humano tem um jeito de trabalhar e vou usar meus métodos e pensamentos. Vou tentar fazer um bom trabalho para tentar chegar a uma grande equipe e esse é meu grande objetivo – projeta Edno.

Edno reencontrará o Corinthians defendendo o São Bento nesta quarta-feira, às 21h45, no estádio Walter Ribeiro, em Sorocaba, em duelo válido pela sexta rodada do Paulistão. Os dois times ainda não perderam na atual edição do Campeonato Paulista. Além deles, apenas o Santos também está invicto. Com nove pontos, o time de Sorocaba é líder do Grupo A do estadual. Na ponta do Grupo D, o Timão soma 13 pontos em cinco jogos, com quatro vitórias e um empate.

Fonte: Ge