Com mais de 29 mil saques, contas inativas do FGTS somaram R$ 44 milhões
Por André Farinha Publicado 7 de agosto de 2017 às 13:30
Os saques foram feitos entre 10 de março e 31 de julho, apenas de contas que foram desativadas até 31 de dezembro de 2015. Mais de 31 milhões de atendimentos presenciais foram feitos nas agências (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Os saques das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) injetaram na economia nacional cerca de R$ 44 bilhões, informou a Caixa Econômica Federal (CEF) nesta segunda-feira (07). O montante representa 88% do total disponível para os trabalhadores, que era de R$ 49,8 bilhões de contas desativadas até 31 de Dezembro de 2015; 25,9 pessoas sacaram o dinheiro entre os dias 10 de Março a 31 de Julho e mais de 31 milhões de atendimentos presenciais foram feitos nas agências de todo o país.

O balanço também aponta que 36% do valor foi usado para pagamentos de dívidas; o restante foi para o consumo ou para poupança. Mais de 6,7 milhões de trabalhadores deixaram de sacar R$ 5,8 milhões. Segundo a Caixa, 80% dos trabalhadores que não fizeram o saque tinham valores menores que o de um salário mínimo.

“A Caixa tem feito um grande esforço para que a gente possa retomar a economia. Ao colocar R$ 44 bilhões [na economia], o trabalhador usou este valor para pagar dívidas e, o restante, para o consumo, para a poupança ou em um fundo de investimento”, declarou Gilberto Occhi, presidente da Caixa, durante a apresentação do balanço final.

Uma vez encerrado o prazo para o saque, não há mais prorrogação. “Da parte da caixa não haverá esse pedido [de prorrogação]. Nós acreditamos que o Governo já faz um grande gesto e todos esses recursos vieram para a economia de uma forma ou de outra”, disse. No entanto, quem comprovar que estava impossibilitado de sacar no período estabelecido, como pessoas em regime de reclusão (presos) ou portadores de doenças graves, tem até o dia 31 de Dezembro de 2018 para sacar o saldo negativo do FGTS.

Com o encerramento do programa, a partir de agora, para ter direito ao FGTS, o trabalhador precisa usar os recursos nas situações previstas anteriormente, como a compra da casa própria, aposentadoria, em caso de demissão sem justa causa, quando a conta permanecer sem depósitos por três anos ou no caso de algumas doenças.