Com formação e salário mensal, Indígenas construirão casas próprias na Aldeia Água Bonita
Por Redação Publicado 4 de julho de 2018 às 10:53

Tendo como base o projeto da Comunidade Bom Retiro, a Aldeia Indígena Água Bonita ganhará 80 novas moradias que serão construídas pelos próprios moradores beneficiados. Ao todo, serão aplicados R$ 670 mil (exatos R$ 670.549,50), oriundos do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), e mais R$ 650 mil da Prefeitura Municipal de Campo Grande. Os indígenas da aldeia passarão por uma capacitação e serão contratados pelo Município para que possam construir os imóveis que, quando estiveram prontos, serão deles.

A expectativa é que 50 indígenas sejam contratados, recebendo salário e auxílio alimentação durante 12 meses. A Fundação Social do Trabalho (Funsat) ofertará, gratuitamente, cursos de qualificação de pedreiro, auxiliar de pedreiro, auxiliar de azulejista, auxiliar de carpinteiro, auxiliar de eletricista, pintor e encanador, todos com instrutores e orientadores do arco ocupacional da construção civil.

O convênio entre a Prefeitura Municipal de Campo Grande, Governo do Estado e a Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul (Agehab) foi assinado na terça-feira (03). O Governo doou a área e também vai fornecer os equipamentos de segurança individual, já a Prefeitura vai oferecer a capacitação profissional e o material a ser usado na obra. O projeto habitacional na Aldeia Água Bonita prevê casas próprias para 135 famílias indígenas, nesta primeira etapa serão 80 moradias, com moradores selecionados para formação teórica e construção das casas em regime de mutirão.

Na oportunidade, o prefeito Marquinhos Trad ressaltou a importância da parceria, que levará moradia digna à aldeia. “A contrapartida do governo municipal é com a qualificação onde, como já acontece no Bom Retiro, 50 moradores serão qualificados, recebendo salário, equipamentos de proteção e auxílio alimentação durante 12 meses, oportunizando a eles uma profissão.”.

O governador Reinaldo Azambuja também salientou a importância da parceria. “Procuramos solução para dar moradia digna aos moradores da Água Bonita e isso só foi possível com essa parceria, não é diferente daquela que estamos construindo lá no Bom Retiro. Estamos dando a oportunidade de terem uma profissão. Isso é extremamente dignificante. Nossa meta é chegar a 135 moradias.”.

O professor Sander Barbosa, uma das lideranças da comunidade indígena, diz que atualmente cerca de 140 famílias vivem no local em  condições precárias e barracos de lona. “Para nós, hoje o momento é de tranquilidade. A comunidade está satisfeita. É uma conquista grande, principalmente na geração de renda”, disse ele, ao se referir também à qualificação profissional.