Cirurgia de Parkinson é realizada na Santa Casa
Por Redação Publicado 15 de dezembro de 2017 às 13:30
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A equipe de neurocirurgia da Santa Casa realizou na manhã desta quarta-feira (13) um procedimento cirúrgico altamente complexo e inovador para o tratamento da doença de Parkinson. Para a cirurgia foi utilizada a técnica conhecida como Deep Brain Estimulation (Estimulação Cerebral Profunda), que consiste na implantação de um eletrodo na região que controla os movimentos do corpo, localizada no núcleo subtalâmico (região profunda do cérebro). O dispositivo introduzido é semelhante a um marca-passo usado em cirurgias cardíacas, porém este serve para estimulação cerebral.

O aparelho implantado permite alívio imediato do paciente a partir da estimulação elétrica de alta frequência no ponto do cérebro em que é instalado. Dr. Felipe Guardini, um dos responsáveis pelo procedimento, informa que as indicações para este tipo de tratamento são bem restritas e não são todos os casos de Parkinson que têm tal indicação cirúrgica. Por essa razão, a avaliação deve ser feita de forma minuciosa. “Em geral os pacientes que apresentam refratariedade ou intolerância medicamentosa e que não possuam doença demencial recebem indicação para esse tipo de tratamento neurocirúrgico”, comenta.

Durante a cirurgia o paciente permaneceu acordado, porém sob sedação anestésica local. Assim ele pode responder às perguntas e obedecer aos comandos motores comuns como o de abrir e fechar as mãos. Com a implantação do eletrodo no cérebro é possível perceber a melhora nos movimentos do paciente de imediato. Então em seguida uma outra equipe cirúrgica faz a implantação de um pequeno gerador de marca-passo na região torácica, gerador este, que irá fornecer a eletricidade para o estimulador implantado no cérebro.

Os primeiros sintomas e sinais da doença de Parkinson podem ser leves, passando despercebidos e podem variar de pessoa para pessoa. Frequentemente, os sintomas começam em um lado do corpo e permanecem piores nessa parte mesmo depois que começam a afetar o outro lado. Eles podem incluir: tremor de repouso, rigidez, dificuldade de caminhar (instabilidade postural) e hipomimia facial (face pouco expressiva).

A equipe responsável pelo procedimento é composta pelos médicos neurocirurgiões, Dr. Felipe Guardini, Dr. Luís Henrique Kanashiro e Dr. Halisson Yoshinari, além da participação clínica do médico neurologista, Dr. Renato Ferraz e de médicos anestesistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem.