Candidatura de Jair Bolsonaro a presidente pode ressuscitar extinto PRONA
Por André Farinha Publicado 31 de julho de 2017 às 17:00

O deputado federal pelo Estado do Rio de Janeiro e pré-candidato a presidente da República em 2018, Jair Bolsonaro, vai se filiar ao PEN. O parlamentar, que aparece na segunda posição nas pesquisas de intenção de votos para o pleito que está por vir, vai deixar o PSC após desavenças com o presidente da Executiva Nacional da legenda, o ex-presidenciável Pastor Everaldo. A oficialização da mudança deve acontecer assim que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dar início a famosa ‘janela de transferência partidária’, o que deve acontecer em Março do próximo ano, ou antes, caso a Reforma Política seja aprovada.

Ao mesmo tempo, o PEN aguarda um parecer do TSE quanto a mudança de nome da sigla para PRONA, partido fundado pelo já falecido Enéas Carneiro, ex-deputado federal e ex-presidenciável e reconhecido como uma das figuras políticas mais marcantes da história-política brasileira recente. Pelas redes sociais, a legenda faz uma enquete com seus seguidores para definir qual o melhor nome. Entre as opções, além do PRONA, estão: Patriota, PAB (Pátria Amada Brasil), Republicanos e a manutenção do PEN.

Quanto a mudança no nome do partido, segundo uma reportagem publicada pelo site da Revista Veja nesta segunda-feira (31), a direção do PEN aguarda a autorização de uma das filhas de Enéas para dar entrada no processo de mudança de nome. Enéas se elegeu deputado federal em 2002 por São Paulo com 1,57 milhão de votos, recorde que até hoje não foi batido. Ele se reelegeu em 2006. Também disputou a presidência da República em 1989; 1994, quando ficou em terceiro lugar, obtendo 4,671 milhões de votos (7,38% do total); e em 1998, quando ficou na 4º posição.

Além do próprio Bolsonaro, a migração partidária também deverá levar todos os filhos do deputado federal que hoje ocupam cargos políticos pelo PSC, caso do Eduardo Bolsonaro, deputado federal por São Paulo, Flávio Bolsonaro, deputado estadual pelo Rio de Janeiro, e Carlos Bolsonaro, vereador pelo Rio. Além da família do pré-candidato a presidente da República, os aliados mais próximos também deverão seguir os mesmos passos em vários estados do país.