
Os campo-grandenses receberam de forma favorável os aplicativos para transporte. Um exemplo disso é o Uber. Conhecido principalmente entre os jovens, o aplicativo começou a ser utilizado com certa desconfiança no início, como qualquer novidade, mas logo passou a fazer parte da vida dos moradores da Capital.
Com automóveis novos ou seminovos, além de oferecer conforto como ar condicionado, produtos gratuitos aos clientes como água, balas e chocolates, logo conquista todos os gostos. O custo baixo na cobrança das viagens e o atendimento dos motoristas também é elogiado pela população que utiliza o meio de transporte.
Na Câmara dos Deputados foi aprovado, na terça-feira (4), o Projeto de Lei 5587/16, que regulamenta esta prestação de serviços individual. Agora o projeto passa para a aprovação do Senado Federal.
Dentre as exigências do projeto estão a autorização prévia das prefeituras, como acontece com os táxis; passa a ser responsabilidade dos municípios e do Distrito Federal a regulamentação, ficando responsáveis pela fiscalização, cobrança de tributos e emissão do Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV) de prestação do serviço, além disso, deverá ter a contratação de seguro de acidentes pessoais de passageiros e do DPVAT para o veículo. O motorista também terá que fazer a inscrição no INSS como contribuinte individual e ter carteira de habilitação tipo “B” ou superior, descrito como atividade remunerada exercida.
A Uber se posicionou contrária ao projeto por meio de nota oficial: “O Projeto de Lei 5587/16 aplica regras antiquadas a tecnologia nova, ignorando o impacto positivo que essa tecnologia tem para as cidades e as pessoas. O PL segue agora para o Senado, onde nós vamos continuar o debate, garantindo que sejam ouvidas as vozes de milhões de brasileiros que querem escolher como se movimentar pelas cidades.”, afirma assessoria.
O que dizem os usuários
Utilizando o aplicativo Uber há quatro meses, Hellen Silva, 22 anos, vendedora autônoma, destaca que utiliza o meio de transporte algumas vezes para levar o filho para a escola, por causa da rapidez e conforto. “Sou contra o projeto de lei, o aplicativo trouxe muitas facilidades como o baixo custo. Se eu fosse pegar um táxi sairia muito mais caro; o nível do atendimento dos Ubers é muito alto, como contato pessoal com o motorista que nos trata bem. Caso houvesse manifestação a favor do Uber, com certeza eu participaria”, explica Hellen.
Natália Lima, 17 anos, recepcionista, diz que quando algo vêm em benefício da população logo querem boicotar. “Uber ajuda principalmente nós que utilizamos ônibus, já que o valor é baixo. Como a demanda de solicitações do Uber aumentou e gerou lucros, o governo quer garantir uma parte dessa lucratividade”, afirma.
A agente de televendas Amanda Kemilly, 22 anos, também explicou que o aplicativo auxilia a população. “Abre oportunidades de emprego para as pessoas que podem ser motoristas e crescem as opções de meios de transporte”, conclui.
Joana Lima