Em Mato Grosso do Sul, seis pontos permanecem bloqueados pelos caminhoneiros nesta terça-feira (29), 9º dia consecutivo da paralisação dos motoristas. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que monitora a situação nas estradas federais, o movimentou perdeu mais da metade da força que tinha na semana anterior, ontem (28) já era possível ver os caminhões que transportam combustível, gás de cozinha, produtos alimentícios e hortifrúti rodando livremente.
O Governo Federal já publicou no Diário Oficial da União (DOU) as medidas que o presidente Michel Temer prometeu adotar para reduzir em até R$ 0,46 o preço do litro do diesel. Agora, as manifestações acontecem envolvendo questões de esfera estadual, os caminhoneiros querem que o Governo do Estado reduza a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o óleo diesel, de 17% para 12%.
Outra alegação imposta pelos caminhoneiros para voltarem a trabalhar é o impacto das medidas federais nas bombas dos postos de combustíveis. Na visão da PRF, a paralisação dos caminhoneiros está começando a dissipar e outros grupos trabalhadores estão tomando a frente dos protestos, fazendo do movimento pode ganhar carácter político a partir de agora. Pelo menos 18 estados ainda registram protestos.
Sobre o desabastecimento de combustíveis, em Campo Grande, os postos foram reabastecidos e estão com seus estoques normalizados. O problema agora reflete no interior, onde falta gasolina, etanol e diesel. Carretas das distribuidoras têm saído da Capital para abastecer estes municípios. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), desde domingo, foram escoltados 90 veículos, em 36 situações, sendo 2 milhões de litros de combustíveis em apenas uma distribuidora.
No Ceasa da Capital, apesar da chegada dos caminhões, ainda faltam frutas e verduras. Isso porque a carga que deveria ter chegado nesses últimos dias acabou estragando na estrada, com isso, o estoque deverá demorar alguns dias para ser reposto novamente. Enquanto isso, o preço segue bastante elevado, a caixa de laranja, por exemplo, está sendo vendida por R$ 80,00 quando o preço normal seria de R$27.
As universidades públicas e particulares suspenderam as aulas até a quarta-feira (30) devido as dificuldades dos acadêmicos de conseguirem ir até os locais de estudo. Em outras, as aulas estão mantidas, porém, faltas não são computadas. As escolas públicas mantiveram o calendário, apenas em alguns colégios rurais é que houve a suspensão das aulas.