O Camelódromo da Capital terá uma área destinada exclusivamente para o estacionamento de seus clientes. Na segunda-feira (09), o prefeito Marquinhos Trad (PSD) e o presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes (AVA), Francisco Pereira, assinaram o convênio que cede à entidade, responsável pela administração do centro de comércio popular, uma área pública situada na Rua Dr. João Rosa Pires, que antecede a rua 15 de Novembro, ao lado do Colégio Osvaldo Cruz e próximo ao estabelecimento comercial.
O convênio tem validade de dois anos e, segundo Francisco Pereira, a expetativa é que até o mês de Dezembro o local já esteja preparado para receber os veículos dos clientes do Camelódromo. A área tem 900 metros quadrados e capacidade para reunir até 80 veículos. O estacionamento será gratuito aos clientes e funcionará de forma rotativa para que seja usado apenas no tempo de compras e, da mesma maneira que no Mercadão Municipal, quem não comprar no comércio pagará uma taxa pelo uso do local.
De acordo com as informações, todo o investimento para preparar o estacionamento será feito pela AVA, assim como o custo de gestão e manutenção. Na visão do presidente, a cedência irá melhorar o fluxo de pessoas no Camelódromo. “Há muitos anos a gente busca uma forma de dar mais comodidade e conforto aos nossos clientes. Desde que soubemos que àquela área era pública estamos tentando usá-la e agora foi cedida. Estamos muito contentes e vemos nisso uma possibilidade de melhora no comércio do local”, disse.
Segundo o prefeito Marcos Trad, o termo assinado está fundamentado no art. 182 da Constituição Federal, que estabelece a política de desenvolvimento urbano executada pelo Poder Público Municipal e deve seguir diretrizes estabelecidas em lei, para que se ordene o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir bem-estar aos seus habitantes. “É um pedido de muitos anos dos permissionários do Camelódromo. Eu sempre disse que tudo que fosse legal, lícito e passasse pelas análises técnicas, nós faríamos para melhorar”, comentou.
A área que foi destinada à AVA é ocupada há pelo menos 20 anos por um vendedor de frutas, Paulo Pedro da Silva, que tem uma quitanda em frente. Dentro do terreno também há uma residência. Paulo conta que já foi notificado para deixar o espaço, ele teria 48 horas para desmontar sua barraca. Porém, ele nega cumprir o aviso e diz que aguardará por algum representante da Prefeitura para dialogar com ele. “Ou me indenizam ou não vou sair daqui”, destaca o ambulante, que não paga nada para usar a área.