Câmara em MS cassa um vereador e outro renuncia antes do julgamento
Por Redação Publicado 15 de maio de 2015 às 09:28

O vereador Diony Erick (PSDC) renunciou ao mandato antes de ser julgado pela Câmara Municipal de Ribas do Rio Pardo, distante 84 quilômetros de Campo Grande, nesta quinta-feira (14). O outro, Antonino Ângelo (PSC), foi cassado por dez votos.

Os dois são acusados de integrarem um grupo de sete vereadores acusados de participar do esquema de diárias fantasmas e contratos fraudulentos na Câmara. O esquema desviou cerca de R$ 3,5 milhões.

Erick entregou a carta de renúncia no início da sessão para evitar a cassação. Já Ângelo enfrentou o julgamento dos colegas. Foram dez votos contra e uma abstenção.
Moradores acompanharam de perto a segunda sessão de julgamento. Na semana passada, outros dois vereadores foram cassados: Fabiano Duarte (SD) e Cláudio Siqueira (PT do B).

O legislativo municipal ainda vai julgar mais três vereadores até o fim do mês. Entre eles o ex-presidente da Câmara, Adalberto Alexandre Domingues (PRTB). Os sete vereadores investigados foram afastados no dia 13 de novembro do ano passado. Além deles, cinco servidores públicos também foram desligados de suas funções.

Operação Viajantes
A investigação que começou no início de 2014 revelou que vereadores e servidores da Câmara de Ribas do Rio Pardo forjavam viagens e participações em eventos e reuniões fora do município para receberem, indevidamente, valores relativos as diárias.

No mês de outubro, a Justiça de Ribas do Rio Pardo determinou a suspensão do pagamento de diárias a vereadores e servidores, devido aos indícios de irregularidade. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPE-MS).

Segundo o levantamento feito pela Promotoria de Justiça, de janeiro a setembro de 2014, o Poder Legislativo de Ribas do Rio Pardo gastou cerca de R$ 523,4 mil em recursos públicos com o pagamento de diárias. Os valores repassados chegavam a R$ 750 para cada dia de deslocamento dentro do estado, e R$ 1,5 mil para cada dia de viagem fora do estado.

No dia 4 de novembro, o Gaeco cumpriu 14 mandados de busca e apreensão, sendo 13 na cidade e um em Campo Grande. Uma companhia que fazia parte do esquema pertencia a um parente de um contador do órgão, que mora na capital sul-mato-grossense, e foi contratada sem licitação.

Fonte:Do G1 MS com informações da TV Morena