Arcanjo deve voltar para MT em 15 dias e defesa pediu o semiaberto
Por Redação Publicado 9 de agosto de 2017 às 14:39

O advogado do ex-comendador João Arcanjo Ribeiro, Paulo Fabrinny, informou nesta quarta-feira (9), ter proposto requerimento para a progressão da pena de Arcanjo para o regime de semiaberto com uso de tornozeleira etrônica. A expectativa da defesa é que a transferência para a Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, ocorra em até 15 dias. Como não tem curso superior Arcanjo deve ser encaminhado para a PCE, que é considerada uma unidade prisional de segurança máxima. Conforme relato da defesa ao jornal Midianews, “Se tudo correr dentro do planejado em 15 dias ele chega em Mato Grosso e em até 60 dias ele estará em semiaberto. Portanto trabalha de dia e vai dormir em casa à noite, com uso de tornozeleira para monitoramento, já que no Estado funciona este sistema”, disse o advogado.

A defesa argumenta que Arcanjo é considerado detento com bom comportamento em todas as penitenciárias e em que esteve em Campo Grande,  Mato Grosso do Sul, Porto Velho e Rio Grande do Norte. E por isso considera que ele possui os pré-requisitos necessários para obter o benefício do sistema semiaberto.  “Ele já cumpriu um sexto da pena, desde dezembro de 2015. O juiz de Mossoró, no Rio Grande do Norte, atestou que ele está apto para ter a progressão do regime da pena, pois conforme exame criminológico elaborado pela unidade do Rio Grande do Norte ele não teve nenhuma contravenção”, explicou o advogado.

Na última semana o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) autorizou a transferência de Arcanjo para o Estado.  João Arcanjo foi transferido, em 2007, da PCE, em Cuiabá, para Penitenciária Federal de Mato Grosso do Sul sob acusação de estar comandando o crime organizado, em Mato Grosso, de dentro do presídio. Ele responde por crimes contra o sistema financeiro e homicídio. Arcanjo está recolhido atualmente na Penitenciária Federal de Mossoró, e o pedido de transferência já havia sido negado anteriormente, sob a alegação de que o preso é de alta periculosidade, pois detém grande poder financeiro e possui elevado grau de articulação e liderança dentro e fora das penitenciárias do Estado de Mato Grosso.

“Ele estava preso em regime federal por ser considerado um preso de grande periculosidade, isso dificultava a obtenção da progressão da pena. Agora vindo para Mato Grosso, se o julgamento não tiver diferença com outros casos parecidos, eu acredito que a gente consegue obter parecer favorável”, disse Fabrinny. Arcanjo também teve parecer favorável para que todos os seus bens, patrimônio que ultrapassa os R$ 900 milhões, fossem desbloqueados por decisão da Justiça Federal.