Alitalia cancela 60% dos voos por greve de funcionários
Por Redação Publicado 6 de abril de 2017 às 08:23

Paralisação de 24 horas dos funcionários foi feita em protesto contra o plano de cortar 16% de pessoal e reduzir salários dos tripulantes de voos em um terço.

A Companhia aérea Alitalia cancelou 60% dos voos programados para esta quarta-feira (5), em meio a uma paralisação de 24 horas dos funcionários em protesto contra o plano da companhia aérea deficitária de cortar 16% de seu pessoal e reduzir salários dos tripulantes de voos em um terço.

A principal companhia aérea da Itália, na qual a Etihad Airways detem uma fatia de 49%, registrou lucro anual apenas algumas vezes em 70 anos de história. É uma corrida contra o tempo para conquistar o apoio do sindicato para o mais recente plano de recuperação, enquanto busca desbloquear financiamentos e evitar ter que manter aviões em terra.

“Nós estamos em greve pela centésima vez por causa dessa crise na Alitalia, todas as crises, e o plano industrial … são sempre contra os trabalhadores,” disse o representante do sindicato USB Paolo De Montis do lado de fora do aeroporto Fiumicino, em Roma, onde centenas de trabalhadores se reuniram.

O presidente-executivo da Alitalia, Cramer Ball, disse que os cortes são “dolorosos mas necessários”. Apesar de várias revisões e injeções de capital ao longo dos anos, Alitalia está perdendo ao menos meio milhão de euros (533 mil dólares) por dia e pode ficar sem dinheiro nas próximas semanas, a menos que os acionistas concordem em investir mais dinheiro, disseram fontes.

Alitalia disse no mês passado que espera voltar a lucrar no final de 2019 por meio da redução de 1 bilhão de euros em custos ao longo dos próximos três anos e com a renovação de seu modelo de negócios para voos de curta e média distâncias.

Após comprar a Alitalia em 2014, Etihad prometeu que a companhia aérea italiana voltaria a gerar lucro em 2017, mas a recuperação não foi bem-sucedida diante da concorrência de companhias aéreas de baixo custo, como a Ryanair , e serviços ferroviários de alta velocidade, enquanto ataques fatais ao redor da Europa têm reduzido a demanda por voos.

Fonte: G1