
O exército alemão, o Bundeswehr, é um alvo de alto valor para hackers e agências de espionagem estrangeiras – não só por causa dos segredos militares, mas também devido aos seus sistemas de armamento apoiados em Tecnologia da Informação (TI).
2017 é ano de eleições na Alemanha, os ataques de hackers, como os que aconteceram durante as eleições presidenciais nos Estados Unidos, são temidos.
A ministra alemã de Defesa, Ursula von der Leyen, está a criar uma nova unidade de comando (Cyber and Information Space Command (CIR) – Centro de Comando de Informação Ciberespacial) que deverá atingir 13.500 efetivos em julho (em comparação, o corpo de fuzileiros da Bundeswehr tem cerca de 16.000 soldados e a força aérea 28.000).
O objetivo da nova unidade é defender a Alemanha de ataques cibernéticos, mas também pode responder com “medidas ofensivas” se as suas redes de computadores forem atacadas. O que é criticado por partidos da oposição, que consideram que o exército precisaria de um mandato parlamentar para realizar ataques cibernéticos.
O Provedor de Justiça Militar, Hans-Peter Bartels, disse ao jornal Neue Osnabrueckner Zeitung que todas as ações ofensivas necessitam da aprovação explícita pelo parlamento, uma vez que o exército alemão é um “exército parlamentar”.
A Bundeswehr está a procurar especialistas em TI no mercado de trabalho. Atualmente, tem campanhas publicitárias para apresentar o exército como um empregador em TI atraente e moderno.
Em 2017, mil milhões de euros serão gastos em pessoal, e 1,6 mil milhões de euros serão dedicados a investir em hardware, fornecedores e e outras despesas.
Não será provavelmente um modelo para um futuro exército cibernético da União Europeia (UE). Os países da UE utilizam diferentes infraestruturas e programas de TI, embora exista na Europa, dentro da Europol, uma unidade dedicada à luta contra o cibercrime denominada European Cybercrime Center (Centro Europeu Cibercrime).centre-ec3
Fonte: Euro News