Trabalhadores concentram-se na manhã desta sexta-feira (28), na Praça Ari Coelho, de onde irão partir em passeata demonstrando-se contrários às reformas trabalhistas, previdenciária e a terceirização.
A paralisação geral ocorrerá durante todo o dia com a participação de diversos sindicatos trabalhistas, populares e movimento de trabalhadores como educação, segurança, transporte público e saúde.
A manifestação é nacional, não partidária e a intenção é mostrar ao governo federal que os brasileiros não estão satisfeitos com as mudanças que irão ocorrer e afetar todas as classes sociais.
Em passeata pela Avenida Afonso Pena, os manifestantes gritam frases como “Fora Temer” e “Diga não à Reforma”. Organizados em grupos, eles reivindicam a conservação de direitos trabalhistas atuais, para que não ocorram mudanças.
Edna Teixeira, 36 anos, agente penitenciária há mais de sete anos acredita que futuramente não haverá mais funcionários públicos em função da privatização de setores. “Sabemos que o fundo previdenciário tem dinheiro, a corrupção está enraizada no país, não podemos mais nem usufruir dos nossos direitos, iremos morrer sem nos aposentar.Com a privatização não existirá funcionalismo público”, reclama.
Professores também se manifestaram por meio da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação). Ademar Plácido, 63 anos é professor de Artes Plásticas e explica que é favorável a manifestação, sendo a reforma um descaso com a população. “Protestar é a única forma de dizer para todos os políticos a vontade do povo. Todos nós estamos exigindo apenas os nossos direitos. Saindo nas ruas e protestando os políticos entendem que o recado está dado”, destaca Ademar.
A Coordenadora de projetos e Presidente da ANTRA (Associação Nacional das Travestis e Transexuais), Cris Stefanny, 37 anos, pontua que a reforma previdenciária é uma maneira de desrespeitar a população assalariada. “Afeta absolutamente toda a vida das pessoas. As férias poderão ser negociadas com o patrão, mas se o funcionário não aceitar ele pode ser demitido. Um governo que está cheio de controvérsias é o papel de um governo golpista e enquanto estiver no poder estará tirando os nossos direitos”, conclui.
A Guarda Civil Municipal e a Polícia Militar garante a segurança dos manifestantes e auxilia na organização do trânsito. A primeira estimativa é que 5 mil pessoas participam da manifestação.
Participaram da manifestação a ACP/ MS, Sindect/MS, SindJUFE/MS, Sindesep/MS, Sintsprev/MS, Sindicatos dos Bancários de Campo Grande e Região, ADUFMS, ANFFA Sindical, Sista MS e Sinpaf.
Joana Lima e Murillo Ferreira