Os futuros de açúcar demerara fecharam estáveis ontem na Bolsa de Nova York (ICE Futures US)

A avaliação é de que os contratos encontraram uma região de suporte, entre 12,80 cents e 13 cents por libra-peso, e tendem a permanecer por aí no curtíssimo prazo, dado o reduzido volume de negócios. Espera-se que a liquidez melhore após as festas de carnaval no Brasil e de Ano Novo Lunar na China.

Apesar do viés negativo que permeia o mercado, há fatores altistas em consideração. O dólar voltou a recuar nesta quinta-feira, para R$ 3,9005 (0,39%), acumulando desvalorização de 1,51% em 2016. Paralelamente, o Centro-Sul do Brasil, após duas semanas de tempo aberto, se prepara para a passagem de uma forte frente. Em boletim atualizado, a Climatempo fala em acumulados de até 100 mm no centro-leste e no norte de São Paulo entre os dias 7 e 11. No Paraná, deve chover volume semelhante, enquanto em Minas Gerais são esperados 80 mm. São precipitações, portanto, capazes de atrapalhar a colheita de cana na principal região produtora do País, justo num momento de intensificação dos trabalhos.

Por fim, há a possibilidade de recompra de posições por fundos, movimento que sempre ronda as negociações. Hoje, a Comissão de Comércio de Futuros de Commodities (CFTC) deve mostrar novo corte no saldo comprado e, a depender do tamanho da redução, pode abrir espaço para uma cobertura na segunda-feira (8). O commitments referente à semana encerrada em 2 de fevereiro sairá às 18h30 (Brasília). Na semana terminada em 26 de janeiro, a posição líquida comprada era de 149.122 lotes.

Ontem, março e maio encerraram estáveis, a 12,89 cents e 12,84 cents por libra-peso. O spread março/maio permanece em 5 pontos de prêmio para o primeiro contrato da tela.

O Indicador de Açúcar calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) encerrou a quinta-feira em R$ 82,21/saca, baixa de 0,21% ante a véspera. Em dólar, o índice ficou em US$ 21,13/saca (+0,57%).

Fonte; Portal do Agronegócios