Ação da PF contra políticos de MT cumpre 64 mandados
Por Redação Publicado 14 de setembro de 2017 às 08:12

É grande a movimentação na porta da Polícia Federal em Cuiabá, localizada na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, por conta da Operação Malebolg, deflagrada desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira. A ação, conforme a Polícia Federal, é realizada em 64 endereços, entre eles o prédio da Assembleia Legislativa, mas nenhum com mandatos de prisão, sendo o objetivo apenas a busca e apreensão de documentos.

Conforme assessoria de comunicação da Polícia Federal estão na operação 270 agentes federais que começaram a ação em Brasília, no apartamento do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Blairo Maggi. Neste momentos agentes estão em Cuiabá, Rondonópolis, Primavera do Leste, Araputanga, Pontes e Lacerda, Tangará da Serra, Juara, Sorriso, Sinop, Brasília e São Paulo.

A operação tem como base a delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), seus familiares e do ex-chefe de gabinete Sílvio César Correa Araújo. O ex-chefe do executivo detalhou a Procuradoria Geral da República (PGR) 56 eventos criminosos, desde pagamento de mensalinhos a deputados estaduais durante sua gestão, compra de vagas no Tribunal de Contas, pagamento de propinas, entre outros.

Vários políticos já foram visitados nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (14) pelos federais, como o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), a prefeita de Chapada dos Guimarães, Thelma de Oliveira (PSDB), a prefeita de Juara, Luciane Bezerra (PSB), além dos deputados Ondanir Bortolini (PSD) “Nininho”, Guilherme Maluf (PMDB), Gilmar Fabris (PSD) e Baiano Filho (PSDB), que tiveram seus gabinetes na Assembleia Legislativa visitados.

Em Sorriso, policiais estão na casa do deputado estadual José Domingos Fraga (PSD), em Rondonópolis, o alvo é ex-deputado estadual Hermínio Barreto. Em Araputanga, policiais estão em endereços ligados ao ex-deputado Airton Rondina “Português” e, em Pontes e Lacerda, policiais cumprem buscas contra o ex-deputado Antônio Azambuja. O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Carlos Avalone, também é alvo. Além de Brasília, a residência de Maggi e o escritório de suas empresas, são alvos na operação.