“Vontade de ser grande”, expressão muita o utilizada por adolescentes quando estão no ensino fundamental, mas que começa a perder força no ensino médio e se torna quase que desprezível na juventude, quando os antes adolescentes ingressam em uma universidade.
E o porquê dá vontade de voltar a adolescência é tão cobiçado por muitos? As amigas Larissa Amaral (20) e Patrícia Duré Nogueira (18) anos, fizeram amizade dentro da universidade ambas cursam jornalismo, Larissa se coloca como uma pessoa mais responsável, por ter 20 anos e explica que a idade te deixa limitado a muitas coisas, “Ser jovem é bom porque não temos que nos preocupar com muitas coisas, coisas de verdade, como pagar contas, trabalhar, isso é a pior parte de ser adulto e ela é tão pior que anula todas as coisas boas”, explica Larissa, que diz já ter cursado Pedagogia e deixou o curso, pois era muito nova quando escolheu.
A idade é a problemática mais antiga de todas as civilizações já existentes, milhares de livros discorrem sobre o tema, jornalistas escrevem inúmeras resenhas opinando, criticando, mas nada mais crível do que perguntar a uma jovem de 18 anos como é “deixar os 17”, Patrícia explica que nos primeiros meses foi legal, mas que após sete meses e tantas mudanças ela já sente saudades, “No começo foi tudo lindo, a primeira coisa que fiz foi ir em lugares de adultos, como bares, beber, jogar sinuca em um bar… Mas logo precisei arrumar dinheiro pra fazer tudo isso, aí que me dei conta que as flores estavam murchando”, ressalta a jovem utilizando-se de uma metáfora para explicar que teve de assumir suas responsabilidades.
Outra vantagem de não se ser mais jovem que foi desbancada pela jovens é a de não ser “maior e responsável por si”, “Cara não muda nada, porque você continua tendo que chegar em casa em horários marcados, porque enquanto você está sobre o teto de seu país deve respeitos a eles”, afirmam Patrícia e Larissa com opiniões idênticas.
É talvez a juventude seja tão cobiçada não só pelos belos rostos com os quais se pode desfilar sem se ter medo de quaisquer opiniões. Tão jovens sentadas em um espaço de descanso da faculdade, Patrícia mais morena, Larissa mais parda, ambas jovens, “matando aula”, pois a segundo elas só se é jovem e se abdica de algumas coisas uma vez na vida, não dando brechas pra exceções de acordo com as universitárias.
Com um lado do rosto sobre a mesa de ferro a jovem de apenas 25 anos, Célia Moraes, estudante de Engenharia, diz que ser adulto, “É um tédio cara, estou aqui como um robô, vim pra faculdade pra estudar mas se quer tive coragem de entrar na sala”, afirma exaltada com a pergunta do jornalista. O local cheira lanche, tem movimentação e risadas, jogos de truco na mesa ao lado, com gritos de um jovem auto e forte dizendo “Truco” (Uma espécie de jogo de cartas. “Cara esses caras gritando aqui do lado, eu queria ser adulta pra isso?”, questiona a jovem se negando a responder a próxima pergunta.
Outro olhar
Célia mexe a todo tempo em seu aparelho de celular, segura um capacete e olha para o balcão aonde estão se servindo o lanche, momentos depois se levanta e caminha em direção a saída. A fase adulta de Célia não está em um bom dia, podera ela responder a próxima pergunta que ressaltava a beleza da juventude?
Talvez esses jovens quase adultos não possam saber ainda que o que estão sofrendo trata-se de choque com as mudanças, não funciona assim “o ser muda e pronto”, o ser humano é construído e para se ser moldado deve-se dar liga à “massa”.
Fonte: MS Noticias/Por: Tero Queiroz