Protesto dos servidores da educação deixa 90% de escolas paradas em MS
Por Redação Publicado 4 de maio de 2015 às 12:11

Cerca de 1,5 mil servidores aderiram ao movimento nesta segunda-feira (4).
Presidente diz 10% que não aderiram ao movimento temem ser exonerados.

Cerca de 1,5 mil servidores administrativos da Secretaria Municipal de Educação (Semed) realizaram, nesta segunda-feira (4), em Campo Grande, uma paralisação de advertência reivindicando melhores condições de trabalho. Ao todo, 90% das escolas aderiram ao movimento, de acordo com o presidente da Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande (Sisem), Marcos Tabosa.

“Nós realizamos uma ação pacífica, com faixas, cartazes e apitos em frente a Semed. Amanhã vamos retornar vestidos de preto, em apoio aos professores do Paraná, que inclusive estão sendo espancados por conta das suas reivindicações. Aqui, aqueles que não aderiram ao movimento é porque foram ameaçados por diretores das escolas”, afirma o presidente.

Segundo Tabosa, os 10% que não aderiram ao movimento temem ser exonerados. “Temos que acabar inclusive com o cooperativismo que existe dentro da Semed. São 2,2 mil funcionários e cerca de 1,5 mil participaram da paralisação. O restante temem os diretores, que passam mais de uma década no cargo e se sentem prefeitos, por isso também defendemos eleições para diretores de escola”, explicou o presidente.

Entre outros pedidos, a categoria pede a contratação de ao menos 250 profissionais. Sobre os professores, a Associação Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP) diz que eles reivindicam 13,01% de aumento, que seria o reajuste do piso salarial. Sobre os funcionários a assessoria da ACP diz que houve um impasse e, em solidariedade a direção, alguns decidiram aderir a paralisação nesta segunda (4).

A assessoria de imprensa da prefeitura diz que o órgão ainda não foi comunicado oficialmente sobre paralisações e que não há um levantamento sobre escolas em greve. No entanto, durante esta manhã, em seu gabinete o prefeito Gilmar Olarte (PP) estaria reunido com representantes para emitir um posicionamento para a categoria.

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Ao menos 1,5 mil servidores da educação aderiram ao movimento (Foto: Marcos Tabosa / Sisem)

Fonte: G1